Ter maratonado Senhor dos Anéis não foi mesmo uma boa ideia. Não apenas pelo sono que parecia não me deixar, mesmo depois de uma lata de energético, mas porque meu corpo ainda estava cansado e o restaurante estava agitado hoje.
Aproveito a hora do meu intervalo para sentar na adega e tentar um cochilo. Sento no fundo, recostado na parede de tijolo aparente e relaxo o melhor que posso. Fecho os olhos e tento pegar no sono, mas tudo que consigo é relaxar um pouco, o medo que entrar em sono profundo e perde a hora do trabalho me fazia permanecer acordado um tempo mais.
- Passou a noite na farra?
Abro apenas um olho para ver Amanda para na minha frente. Suspiro fechando o olho novamente, ajeitando o braço cruzado.
- Não é da sua conta.
- Uau, deu pra ser grosso agora.
- Eu tô tentando descansar, se não percebeu. - retruco.
- Devia diminuir o ritmo da sua vadiagem. Vai acabar perdendo o emprego por isso.
Abro os olhos a vendo se afastar e pegar um vinho. Amanda dá um olhar para trás e sorri de lado. Me pergunto se aquela vadia tava aprontando alguma. Já levei uma advertência por culpa dela, mas resolvo não dar tanto credito assim, afinal eu não estava fazendo nada demais, era meu intervalo e eu não pego nenhum vinho.
Consigo relaxar mais, mas logo o celular apita avisando que era hora de voltar ao trabalho. Levanto e me espreguiço, acordando os músculos que se recusam a isso. Subo e vou até minha bolsa, pego mais um dos energéticos e bebo metade quase num gole. Me sentindo um pouco desperto volto ao serviço.
Faltava meia hora para fechar o restaurante, acompanho o ultimo cliente das mesas que atendi e respiro aliviado. Limpo a mesa e vou para os fundos, beber um pouco de água. Jairo vem pela corredor e toca meu ombro dando um aperto leve.
- Você é um azarado mesmo.
- O que foi? - olho pra ele.
- Chegou cliente. - anuncia.
- Ai não cara. - reclamo - Pode quebrar essa pra mim? Tô morto.
- Até pensaria no teu caso, mas pediram por você.
Franzo a testa e a primeira pessoa que penso é Aurora. Não acredito que ela tinha descoberto sobre o restaurante e veio atrás de mim. Deixo meu copo na bandeja ao lado do bebedouro e vou para o salão. Para minha surpresa não era Aurora e sim Pâmela, sentada em uma das mesas que eu servia, segurando um cardápio e o olhando com atenção.
Havia a deixado em casa, dormindo tranquila. Achei que iria para a casa quando acordasse, ou que me esperaria, jamais imaginei que ela aparecesse aqui. Seguro um sorriso e vou até a mesa e a recepciono como a todos os cliente.
- Bom dia, sou Matheus e irei servi-la. Já sabe que irá pedir?
Ela baixa o menu e me olha com um sorriso travesso, mas o controla ficando seria e fingi olhar o menu com duvida.
- Só tem essas opções hoje? - indica o cardápio.
- Sim, senhorita. - afirmo segurando o riso.
- Não teria... - ela olha pra mim com malicia - Você?
Um sorriso de lado escapa e olho pra trás, para ter certeza que o gerente não estava por perto ou que algum dos outros garçons não estavam prestando atenção, então olho pra ela tentando segurar meu sorriso malicioso.
- Tem apenas para a viagem.
- Então quero pra viagem. - ela sorri satisfeita - Ao ponto está bem?
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Um Caso de Risco
RomanceMateus trabalha para seu tio Antônio na empresa de conserto de encanamentos dele, onde uma das regras é: Não transar com a cliente. Ele seguia essa regra a risca, até conhecer Aurora, uma mulher rica e com um grande apetite sexual, que faz dele seu...