Sua respiração está ofegante, e meu corpo queima com seu olhar tão penetrante a me avaliar.- Não sabia que tinha namorado ... - Suas mãos estão em seus bolsos, e ele se vira de frente para mim.
Hum
- A muitas coisas que não sabe sobre mim, Sr. Uckermam. - Digo com um sorriso pequeno, convencida.- Vamos, me diga o nome do chifrudo da vez - Suas palavras são ditas com um gelo que me golpeia, me deixando boquiaberta com tal atrevimento.
- Como ousa ? Seu...
- Vai me dizer que ele aceitou numa boa quem vc é ? - Me olha sério e eu apenas devolvo seu olhar sem o responder..
- Eu sabia.. vc não teria coragem não é ? E preferiu, ser a vadia que é, e não dizer a ele o que faz para viver.
- Não faço isso para viver ! É minha profissão, e não tenho que lhe dar os motivos do porque a faço ! Ordinário ! - Quase grito, despejando a raiva que sentia. - Me diga .. porque me inferniza ?
- Porque .. - Ele começa a se aproximar de mim - Eu gosto - Cada passo que ele da me permite sentir o cheiro de seu perfume. Droga de elevador que não chega logo ! - Gosto de te irritar, de te ver nesse estado, sabe porque ? - Fico intacta, com sua respiração batendo em minha face - Porque assim, você se torna vunerável, quando atinjo lhe.
- Não sou vulnerável. - Então o elevador abre e escapo da bolha em que estava presa, saindo de seu alcance e andando apressada até a porta do meu apartamento.
Suava frio , precisava estar longe dele.
Mas seu braço já me envolvia me puxando e fazendo bater as costas na parede do corredor, seu corpo preenchendo minha visão, e me barrando novamente me colocando dentro daquela bolha, onde eu não conseguia escapar de três coisas extremamente viciantes e perigosas.
Seu cheiro, seu olhar e suas mãos.- Fugindo ? - Arqueia a sombrancelha, com um sorriso debochado no rosto.
- Nunca fujo !
- Então ?...
- Da pra me deixar ? O que quer de mim ? Não tem mais nada de interessante para fazer ? Aposto que tem muitas prostitutas ruivas dando sopa por aí a está hora.. - Me aproximo de seu rosto e sussurro - Não tive como não reparar .. Te gusta una pelirroja - Sorrio debochada, e seu olhar se enfurece de luxúria.
- Sim, eu gosto. - Diz rouco.
- N precisa confirmar eu já sabia, a princípio me confundio com a keth e agora acaba de ir embora uma ruiva. Me diga já está satisfeito ? - Seus olhos me investigam - Digo, não seja inocente, vamos, para estar enchendo o meu saco a essa hora só pode estar insatisfeito com alguma coisa... Não vai me dizer que a ruivinha não deu conta do recado ? - Debochei e seu corpo ficou rígido, como se tivesse me dado a resposta.
- Achei que todas as prostitutas fossem boas...
- E se enganou - ri pelo nariz - para um debochado egocêntrico, vc é bem inocente, ela deve ser nova no ramo ainda tem muito o que aprender.
- Como sabe ?
- Porque tudo tem um início. E nem tudo no início é excelente logo de cara, ela é nova, deve ter seus dezenove anos, percebi pelo corpo e o olhar.
- Ficou observando minha companhia ? - Minha respiração desandou, realmente fiquei .
- Pouco. Mais suficiente para saber. Agora senhor insatisfeito, aprenda a pedir para seus cafetões mulheres mais velhas e experientes para não ficar enchendo o saco de sua bela vizinha. - Mordo o lábio inferior - Ou vai procurar as que vivem por conta própria sem cafetões.. já que ama uma vadia.
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Vizinha de luxo
RomanceO destino não brinca, ele debocha. a vida é uma professora de mão cheia e com esta história você vai se divertir. Dulce María Savinón é a Vizinha de luxo.