Uma semana havia se passado, e minha rotina havia por incrível que pareça dado uma trégua. Maite havia me chamado para dança na boate três vezes só essa semana. Não era muito fácil sair cinco da tarde e voltar cinco da manhã, mais minha lista de clientes havia subido generosamente. Eu havia conhecido um cara. Seu nome era Júnior e ele parecia um cara legal. O conheci no restaurante em que fui a três dias atrás. O mesmo havia me chamado para sair. Com toda certeza ele não sabia minha profissão, e é claro que eu não contaria até saber se valeria a pena arriscar ter algo com ele.As vezes era tão difícil arranjar um relacionamento. Principalmente com a profissão que eu tenho.
E nesse exato momento, eu estava me arrumando para sair com ele. Pretendíamos ir jantar. Lhe dei meu número no dia em que o conheci, e nesse mesmo dia ele fez questão de mandar mensagem e marcar o dia. Tive que adiar é claro já que minha agenda estava apertada. Hoje era uma terça feira, e o dia está agradavelmente bom.Tudo parecia correr bem...
A uma semana não vejo Cristopher, desde o dia em que o vi na casa de Alfonso. Não que eu sentisse muita falta dele, mais já estava me acostumando com sua intromissão. E o fato dele morar perto de mim, era que me deixava intrigada. Ou ele estava me evitando, ou ele havia viajado e eu não sabia.
Rudolf ainda estava em casa, e miava perto de mim. Terminei de arrumar e fui em busca de colocar ração para ele.
Eu não quiz exagerar no meu vestuário, mas acho que não consigo evitar as vezes. Estava tão acostumada a roupas apertadas, e muitas vezes curtas. Decidi então ser casual e sexy, em um coque despojado, com alguns fios da franja solto.Chegando na lavanderia, e pegando o pote de ração, percebo que o mesmo estava vazio.
- Não acredito... - Olho para Rudolf que estava aos meus pés miando - Droga.. Rudolf vc é muito guloso sabia ? - nego com a cabeça em negação. Pego o pote e a chave do apartamento de dona Teresa. - vai ter que ficar miando até eu ir pegar sua comida.. guloso.
Digo o olhando. E saio fechando a porta. Caminho até o elevador e aperto o número do andar. Em silêncio eu prossegui, e ao chegar no apê de dona Teresa, percebi que o mesmo era bem luxuoso. Claro que séria... Era um condomínio de luxo...
Os móveis sobre medida, era tão aconchegante que parecia uma casa de avó rica. Caminhei pelo apê até achar a ração. Quando encontrei, enchi o pote que estava em minhas mãos. E sai dali fechando a porta.
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Vizinha de luxo
RomanceO destino não brinca, ele debocha. a vida é uma professora de mão cheia e com esta história você vai se divertir. Dulce María Savinón é a Vizinha de luxo.