5 anos depois..." A paixão é forte mas mesmo assim pode cessar. O amor é cativante e por mas dolorido que seja, seus vestígios ninguém pode superar " - Tainara G. Venancio.
- Promete que vai se comportar, não quero mais saber de vc empurrando nenhum coleguinha na escola de novo, estamos entendidos ? - falo com minha voz autoritária, mas meu coração se esquenta com seus olhos tão fixos e brilhantes em minha direção.
- Tá bom, Mamãe - seus olhos pareciam tristes e me esconder algo. Mas quando o sinal tocou tive que me despedir.
- Eu te amo, agora vá - falo o beijando na testa. Ele sorri e me abraça.
- Tchau mamãe - diz já correndo para sua turma.
Me levanto devagar enquanto o assisto partir, aquela era a minha rotina particular, assistir meu filho indo para a escola todas as manhãs. Porém quem o buscava era o pai. Havíamos decidido assim muito antes dele entrar para uma escola. Me direcionei até o meu carro, mais parei com uma voz familiar.
- Dulce ! - me viro e encontro o dono da voz.
- Oi poncho - levo meus olhos ao deus braços e sorrio - Oi meu amorzinho.
- Oi dinda - sua voz aguda de bebê me satisfaz. Sorri amplamente lhe dando um beijo estalado na bochecha que fez suas covinhas aparecerem.
- Estou levando ela para a escola, cheguei tarde ? - sua feição de preocupação.
- O sinal já bateu tem alguns minutos.
- Meus Deus, eu cheguei atrasado. Era pra Anahi estar trazendo ela, mais está ocupada de mais ocupando minha cadeira na empresa - Sorri com seu afobamento - Preciso estar na empresa daqui cinco minutos para uma reunião.
- Hey, hey, deixa comigo, eu levo a rubi pra a escola, já estou aqui mesmo.
- Faria isso mesmo ? Ah obrigado. - disse já entregando a filha nos meus braços.
- Por nada, é um prazer - Digo a abraçando a mim - É pra isso que servem as madrinhas não é mesmo ?
- Obrigado mesmo Dulce... Tchau.
Nem deu tempo de me despedir e ele já se foi para longe. Olhei para a pequenina em meus braços e arrumei sua mochila nas costas. Rubi tinha apenas um ano de diferença de Isaac. Isso mesmo, eles não demoraram nada. Segui o caminho com ela em meus braços, fui até sua turma e a deixei no chão.
- A dinda te amos tá bom - digo lhe beijando. E de repente quando me afasto ela pula em meus braços e aperta meu pescoço com seus braços, tirando sua chupeta da boca e me beijando.
- Te amo.
Só não levava embora comigo, porque a professora já estava com a porta aberta assistindo nossa despedida. Me levantei e disse tchau.
- Desculpa a demora, os pais se atrasaram um pouco - digo fazendo uma careta engraçada e ela entendeu.
- Tudo bem, obrigada por trazê-la.
Segui o caminho pelo corredor. E foi quando percebi que uma professora havia acabado de sair da sala de aula passando por mim sem me reconhecer, continuei caminhando até passar pela porta e percebi que era a mesma sala que Isaac estudava. Sorri, mais logo morreu quando escutei.
- Para de jogar bolinha em mim - era a voz de Isaac.
- Não.. não paro - a voz de outro menino apareceu.
- Você é um mané.. e sua mãe é uma vadia - meus olhos se arregalaram ao ouvir aquela palavra sair de uma criança que provavelmente tinha a mesma idade que Isaac. O sangue ferveu e quando eu olhei pelo pequeno vidro da porta pude ver Isaac chorar enquanto se segurava para não bater no menino. Com toda certeza porque mandei que não fizesse isso. Sem pensar duas vezes abri a porta da sala. E todas as crianças estavam rindo, até eu caminhar e parar de braços cruzados na frente da turma. Logo o silêncio de instalou.
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Vizinha de luxo
RomansaO destino não brinca, ele debocha. a vida é uma professora de mão cheia e com esta história você vai se divertir. Dulce María Savinón é a Vizinha de luxo.