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Algumas semanas depois...

- Eu não acredito que sua mãe está vindo para cá. - Annie dizia toda empolgada do outro lado do telefone.

- É Annie como eu já disse, nem eu sabia, mais ela resolveu vir e eu não pude impedir, e também não podia deixar ela vagando nessa cidade a procura de mim.

- Já contou que sta grávida ?

- Não.

- Bom, nem será preciso, sua barriga já está bem visível.- ela diz e eu suspiro.

- Não acredito que mesmo usando roupas largas ainda de para ver.

- Já falei para deixar de ser escrota, e parar de tentar esconder essa barriga, não adianta Dulce, o certo é você aceitar.. eu no seu caso estaria usando roupas colocadas para que todos vessem. Vc fica linda com essa barriga.

- Tá..tá.. vc sempre diz isso. Vou ver se vou comprar mais uma ou duas peças novas de roupa. Logo logo essa criança nasce e isso de comprar roupa maior acaba.

- Nem começa...

- Tenho que desligar. Beijos.

- Beijos.

Já fazia horas que eu estava sentada em uma fileira de bancos do aeroporto esperando aquela mulher a aula eu ainda chamava de Mãe.
Quando eu estava prestes a levantar para sair, escuto uma voz falha atrás de mim.

- Dulce..

Viro meu rosto e logo depois meu corpo na direção da voz. Ver ela depois de tantos anos me fez senti um calafrio e um flash do passado.

- Dona Blanca.

- Meu senhor, como eu senti sua falta menina - correu, deixando sua mala ao chão e me abraçou. Fiquei intacta. Não demorou nem dois segundos e ela já havia sentido minha barriga encostar nela. Seu olhar desceu entre nossos corpos e sua mão involuntária foi parar em meu ventre. Onde ela teve a comprovação daquilo que imaginou. Ela me olhou surpresa.

- Não me diga que está..

Apenas concordei com a cabeça e logo após ela sorrio chorando e voltando a me abraçar, na reluta acabei cedendo ao abraço.

       

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Horas mais tarde eu já havia a levado até minha casa. Contei para ela tudo o que havia passado depois de sair de casa, de como tive que cuidar de mim e de como acabei me envolvendo com o pai da criança.

- Ele não sabe que vc está grávida ? - Perguntou chocada.

- Não.. nem pretendo contar.

- Mas porque não Dulce.. essa criança merece uma família.

- Ela merece uma família ? Deixe a ficha cair mamãe... Vc sabe que homens como Cristopher nunca desejariam ter uma família com mulheres como eu.. - Digo e ela tenta rebater mais eu continuo - Nem meu pai quis - então ela se cala.

- Por favor.. não inicie isso agora.

- Mas é a verdade. Sabe disso.

- Eu sei... Mais sabe que eu não tenho culpa, eu lutei pra vc ter uma vida digna.

- Digna de desprezo ? De sofrimento ? Eu nunca tive o amor daquele homem, ele nem acredita que eu seja filha dele.

- Dulce - ela já soluçava - eu lamento não poder te dar uma vida melhor, mais eu não pude fazer com que ele acreditasse. Vc sabe como é, vc está passando pelo mesmo que eu, a anos atrás. Do mesmo modo que vc se envolveu com esse tal de Uckermam eu me envolvi com seu pai, acabei engravidando, e quando vc nasceu  eu precisava de ajuda, então resolvi levar vc até ele, mais ele não quis saber de mim. Tudo o que eu fiz foi por querer o seu bem..

- Me permitir te ver se deitar com vários homens todos os dias por dinheiro é demostrar amor mamãe ?

- Eu não consegui abandonar essa vida filha... Mais vc, vc teve a chance. Vc pode fazer tudo diferente, pode cuidar dessa criança e dar o melhor a ela.. tudo o que eu não consegui fazer por vc. - Meu olhar vagou quando lembranças do que eu planejava fazer com essa criança vieram a minha mente.

- Dul.. vc pode e vai cuidar desta criança não é mesmo ? - ela me olhou profundamente. Era incrível como ela continuava linda, seus cabelos loiros, sua pele clara pouco enrugada, diria até que não aparentava ter a idade que tinha. s
Sua maquiagem bem feita, sua roupa discreta e formal. Parecia uma senhora importante.

- Não quero conversar sobre isso. Se quiser pode arrumar sua coisas no seu quarto onde separei. - digo indiferente.

Como se percebesse que estava entrando em uma assunto delicado de mais, ela resolveu se falar e apenas se levantou.

- Dulce.. eu arranjei um hotel, para ficar. Eu não queria incomodar você tendo que ficar aqui na sua casa, no seu conforto.

- Você vai ficar no hotel então ? Sabe que se quiser pode ficar aqui.

- Eu sei.. mas por agora vou para o hotel. - Diz cabisbaixa forçando um sorriso.

- Tudo bem, faca da maneira que se sentir melhor. - Falo me levantando - Quer que eu te dê uma carona até eles hotel ?

- Não, não precisa..

- Eu insisto..

- Okay, pode me levar, só pensei que por estar grávida preferisse descansar, sei que ficou um bom tempo me esperando no aeroporto.

Não discordei dela, pois era a verdade. Como as malas ainda estavam no carro, eu apenas a levei até onde ela ficaria. Era um pouco longe da minha casa, mais era rápido de carro.

- Pronto. - digo ao estacionar em frente.

- Obrigada por me trazer até aqui. - Ela disse sorrindo. Parecia estar desconfortável.

- Não foi incomodo algum, qualquer coisa é só me ligar. - digo, e ela fica me olhando por um bom tempo.

- Eu te amo Dulce... - sorri fraco, e olha pra minha barriga - E com certeza já te amo pequenino.

Fico sem palavras, a discussão em minha casa me fez sentir desconfortável ao ponto de ficar fria. Mais ver ela na minha frente depois de anos se abrindo para mim, me fez sentir um calor no peito. Eu apenas sorri para ela, que logo desceu do carro recebemos ajuda de um dos empregados do hotel para retirar as malas. Quando ela entra para dentro, eu respro e vejo que o hotel não é qualquer hotel, e sim um lugar muito bom e com uma fama até considerávelmente boa.

Decido voltar a minha vida e piso o pé no acelerador.

Já estava de noite quando voltei para casa cheia de sacolas de compras. No dia seguinte eu teria que trabalhar, e meu ânimo não era agradável. Após comer eu me deitei no sofá, e coloquei uma animação para assistir. Shau, o carneiro passava na enorme televisão, embora eu pensasse de mudar o programa, acabei desistindo quando senti algo mexer. Como se o bebê em meu crente estivesse gostando do que eu assistia. Toquei minha barriga e acariciei ela de leve, então novamente ele se mexeu. Aquilo me trouxe um sensação totalmente diferente, e inexplicável.
Quando menos percebi eu me peguei sorrindo com a mão sobre meu ventre.

- Você gostou do desenho ? Eu acho que sim... - converso olhando para a minha barriga que já estava com um tamanho considerávelmente grande.


        
Beijoooos pessoal... Olha esse vulcão que estava inativo mais voltou a entrar em erupção ! 🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥🤭🤭🤭🤭🤭


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