Capítulo 7 - Modelos e Mais Modelos.

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Dia de seleção de modelos. Testes de passarela, de comportamento e fotografia. A parte mais irritante de se fazer um desfile. Teria de lhe dar com várias "profissionais" fúteis, e irritantes. Sempre com suas desculpas e frescuras constantes. Não existe nada pior e mais torturante do que o dia do teste com as modelos do catálogo.

- Muito bem. – Entrei na sala de testes. – Uma de cada vez se apresente. Desfilem, e mostrem suas belas carinhas ao mundo. – Disse sentando em minha confortável e luxuosa cadeira vermelha.

Ino estava logo a meu lado, sentava em uma poltrona um pouco menos confortável que a minha. E assim demos início a escolha das tais modelos. Começando com uma menininha metida, essa se achava uma formosura. Nunca vi coisa mais sem graça.

- Próxima. – Ino chamava.
- Me chamo... – Interrompi a pobre criatura.
- Olha aqui querida, ninguém quer saber seu nome, apenas desfile, seja útil alguma vez em sua vida. – Disse sem paciência.

A menina desatou a chorar. Gritava histericamente, enquanto eu me segurava para não rir de toda aquela palhaçada. Logo todas as modelos começaram a lhe prestar ajuda. Ino sequer moveu-se da cadeira. Exatamente isso que eu queria. Não quero que ninguém importante dê atenção a uma simples menininha chorona.

- Ta bom, ta bom. – Disse batendo palmas para chamar atenção. – Deixem essa menina besta ai se derramar em lágrimas. Observem bem como se perde um emprego. – Disse apontando para a garotinha chorosa.
- Você vai me pagar Sakura Haruno. – A modelo gritava furiosa. – Minha vingança logo chegará. – Dito isso ela saiu correndo.
- Manda a vingança por sedex. – Gritei.

Todos me olharam assustados. Ótimo, pelo menos assim ninguém faria nenhuma gracinha. Corri meus olhos pela sala. Visualizei minha eficiente assistente dando baixas e quase impercebíveis gargalhadas. Pelo menos ela tem um bom senso de humor negro. Algo que realmente me agradou. Humor negro é algo que eu cultivo mais a cada dia.

- Se tiver mais alguém sensível por aqui, retire-se. – Apontei para a saída.

Em seguida os encarei friamente. Ninguém desistiu. Pelo menos não teria mais nenhum choro esta tarde. Ótimo. Pelo menos não teria que lhe dar com crianças. Logo mandei que prosseguissem. E assim passamos à tarde. Algumas modelos me eram até interessantes. Outras totalmente dispensáveis.

- Bom esperem lá fora que vamos escolher. – Disse lhes apontando a saída.

Logo todas se retiraram. Ficando somente eu e Ino. O silêncio estava especialmente confortante. Relaxei um pouco em minha poltrona, fechando levemente os olhos. Para a minha surpresa Ino sequer se intrometeu. Apenas ficou em silêncio esperando novas ordens. Tenho que admitir que ela estava me agradando. Toda a sua eficiência e inteligência me serviam perfeitamente.

- Bom, acho que está obvio os nomes. – Disse quebrando o silêncio.
- Sim. – Ela concordou. – Vou passar a lista para as modelos, mas antes deixo uma cópia em sua sala. – Ino concluiu se levantando.
- Perfeito, leve também uma limonada. – Disse jogada na poltrona.
- Pode deixar. Licença. – Ino se despediu saindo pela porta.

Esperei algum tempo, e logo me encaminhei a minhasala. Fui escolhendo as cores para as roupas. Algumas definidas, e outras aindaincertas. Precisava de uma opinião. Para quem perguntaria? Haku! Primeira coisaque me veio à cabeça. Tenho de admitir a elegância e bom gosto de meuterapeuta.

- Aqui está. – Ino me entregou uma folha. – Por favor, verifique se tem algumerro. – Ela disse gentilmente.
- Certo. – Peguei o papel.

Dei uma rápida olhada. Todas as que eu queria estavam com seus nomes escritosnaquele papel. A eficiência dela chega a me espantar. Sete estrelas pelo bomsenso e observação.

- Tudo certo. – Devolvi a folha.
- Vou dar a notícia a elas. – Ino dizia se despedindo.
- Faça isso. – Falei.

Em seguida o telefone tocou. Tenten a linda e graciosa assistente de meuchefinho me dava uma notícia até proveitosa. Neji me aconselhava, ou melhor,mandava ter uma seção de duas horas com Dr. Koori. Seu argumento? "Você deveestar estressada depois desse longo dia, seria bom descontar a raiva." Tententransmitiu as exatas palavras de meu chefe.

- Ta bom, diga a meu amado chefinho que eu vou. – Desliguei o telefone.

Dessa vez Haku Koori que se preparasse. Além de ser meu conselheiropsicológico. Também teria de ajudar a escolher as cores que faltavam. Nunca vitanta utilidade em um psicólogo. Pela primeira vez iria feliz para oconsultório 21.

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