Capítulo 26 - Confusa.

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Fazia um tempo que tinha acordado, mas permaneci sobre a cama, ainda sentia a quentura do corpo de Sasuke, sem falar no irresistível perfume, agridoce e ao mesmo tempo forte, bem provocativo. Ao redor da cama, diversas roupas espalhadas, entre elas, nossas roupas íntimas, a noite foi boa. Quem diria? O Uchiha consegue ser carinhoso e provocativo ao mesmo tempo, me enlouqueceu. Claro que fiz meus joguinhos também.

- Que cheirinho bom. – Murmurei com a passagem de uma leve brisa.

Um aroma de café invadia o quarto, parecia saboroso. Rapidamente vesti algumas roupas, para ser mais exata, coloquei a blusa regata dele, batia até a metade de minha coxa. Enquanto andava pelos corredores, fui ajeitando meu cabelo, esse estava um tanto desarrumado. Por fim cheguei à cozinha. Lá estava ele, frente ao fogão, preparando um café fortificado, trajava apenas um short, deixando seu bem trabalhado tanquinho à amostra, que covardia!

- Bom dia. – Disse sentando em uma cadeira.
- Bom dia, dormiu bem? – Ele perguntava sorridente.
- Muito bem, e você? – Revidei.
- Bem. – Sorriu mais uma vez.

Fiquei a encarar aquelas costas, definidas, bem desenhadas, uma verdadeira perdição. Para com isso Sakura! Assim parece que você é uma 'tarada'. Pior que parece, mas, tenho culpa? Esse Uchiha é um verdadeiro caminho para a perdição.

- Servida? – Ele me oferecia um prato cheio de torradas.
- Oba! – Disse pegando uma.

Começamos a comer, conversávamos sobre o desfile. Oh, grande conversa. Pode não parecer grande coisa, mas para dois estilistas, era uma conversa bem prestativa. Além disso, não queria falar sobre um certo acontecimento noturno, ainda não sabia muito bem o que dizer sobre isso.

- Você é cruel! – Sasuke me fitava. – Sequer deu um beijinho no cara que passou a noite ao seu lado. – Ele resmungava.
- Deixa de ser chorão, não tenho culpa se você não está sexy o suficiente, para eu querer te beijar. – Provoquei.
- Então vou pegar meu beijo a força. – Ele se levantou.
- Tenta. – Também levantei.

Antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, eu já saía pela porta da cozinha, corri até o fim do corredor, chegando a meu quarto. Ali fiquei, esperando o galã de quinta, tomara que não demore. Estou meio 'tarada' mesmo. Comecei a rir.

- Você é maluca mesmo. – Sasuke se aproximava.
- Olha quem fala, o senhor normalidade. – Disse ironicamente.

Sasuke se aproximava lentamente, prolongando meu martírio, como se quisesse que eu fosse até ele, até parece que vou fazer isso. Fiquei parada perto da mesinha de cabeceira, apenas a fitar aqueles orbes negros, altamente provocantes.

- Você pediu. – Ele dizia roçando os lábios em meu pescoço.
- Não me arrependo. – Soltei um riso baixo.

Logo leves selinhos foram depositados em meu pescoço, causando um drástico arrepio. As mãos de Sasuke já percorriam por minhas costas, agarravam firmemente, sempre me prendendo, me deixando sem saída. Talvez ele goste disso, a segurança de não ser abandonado. Também entrei em ação, minhas mãos percorriam pelo peitoral a minha frente. Realmente delicioso.

- Estamos atrasados. – Ele dizia me soltando.

Ora, me deixou em pura excitação, e me larga assim do nada. Que joguinho cruel! Depois de um tempo imóvel, finalmente fui me arrumar, ainda louca para ter aquele homem em meus braços, que coisinha divertida, como nos comportaremos no trabalho? Acho que vou evitar ficar perto dele.

- Eu dirijo. – Ele parecia afirmar.
- Não vou deixar, eu dirijo! – Revidei.
- Não, não, eu dirijo. – Sasuke começava uma batalha.
- Eu vou dirigir! – Soltei um grito irritado.

E a batalha começou, sacamos nossas espadas, e duelamos até morte, ali mesmo, naquele quadradinho, denominado elevador. Apenas dando uma leve pausa, ao chegar à garagem, por onde seguimos até minha Ferrari, detalhe, estávamos uns quarenta e cinco minutos atrasados, até decidirmos quem dirige, e cruzarmos essa cidade, estaremos basicamente no olho da rua.

- Vamos fazer o seguinte, eu sei de alguns atalhos, então, como estamos atrasados, o melhor seria eu dirigir! – Afirmei vitoriosa.
- De acordo. – Ele finalmente cedeu.

Assim entramos no carro, depois de algumas ruas estranhas, finalmente chegamos ao gigantesco prédio. Em frente ao elevador, Ino e Shikamaru nos esperavam, esses conversavam animados, como se fossem velhos amigos de infância.

- Bom dia. – Ambos nos cumprimentaram.
- Bom dia. – Revidamos.
- Hoje não tem muito o que fazer, apenas revisem os preparativos, e ensaiem mais uma vez com as modelos. – Ino dizia sorridente.
- Só isso? – A encarei.

Ela apenas assentiu com a cabeça. Como se revisar tudo que foi produzido até agora, fosse algo fácil e rápido. Ora, porque não me mandam limpar o chão também, afinal, com certeza terei tempo de sobra. Essas coisinhas me irritam.

- Eu fico com as modelos. – Sasuke anunciou. – Você se importa? – Ele me fitava.
- Faça o que quiser. – Afirmei sem dar importância. – Vou revisar o figurino, vamos Ino. – Disse já começando a andar.

Ele acabou de afirmar, que sou ciumenta. Até parece, confio no meu 'taco', não vou ligar para meia dúzia de mulheres eufóricas, bem vestidas, bonitas, e provocativas. Nada que me assuste, além do mais, só passamos a noite juntos, nada mais. Apenas sexo.

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