Capítulo 22 - Um Convite, Um Jantar.

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Definitivamente, tenho de encontrar outra música. Essa dos bichinhos cabeçudos, já me irritou o suficiente, deve ter outro desenho feliz que me desperte, acho que vou sair perguntando, de repente alguém sabe de um bom. É o que vou fazer, só tenho de pegar minha bolsa, e sair para mais um dia de pesquisas.

- Senhorita Haruno, correspondência para você. – Dizia o porteiro me estendendo dois envelopes.
- Obrigada. – Afirmei pegando ambos.

Dois envelopes aveludados em tom azul, de fato elegantes, parecia ser um convite, em um deles estava escrito meu nome, e no outro, por mais estranho que pareça, era endereçado a Sasuke, e com um singelo, "poderia entregar a ele?". Ótimo virei pombo correio.

- Só o que me faltava! – Reclamei abrindo meu envelope.

Ao abrir comprovei minha hipótese, era um convite para um jantar, normal até ai, o que achei estranho, era o fato de ser um convite de Itachi, não só dele, Hinata seria a segunda anfitriã, que maravilha. Pelo menos podia convidar quem quisesse, duas pessoas no máximo, quem levaria?

- O Lee! – Um sorriso tomou conta de meus lábios.

Talvez fosse até uma noite agradável. Em meio ao caminho, já fui convidando meu grande amigo, esse logo aceitou, pelo visto seu ídolo pesou na decisão. O importante é ele ir, poderia convidar a Ino...

- Bom dia senhorita Haruno. – Ino me recepcionava.
- Bom dia, Ino hoje você me acompanhará em um jantar. – Afirmei.
- Traje a rigor? – Ela perguntava sem delongas.

Apenas afirmei com a cabeça. Em seguida me repassou os inúmeros compromissos do dia, seria exaustivo, acho que um jantar virá a calhar. Não demorou muito e logo estávamos em minha sala, entreguei o convite a Sasuke, e esse logo abriu, não parecia muito animado, mas confirmou sua presença.

- Shikamaru você vai. – Sasuke afirmava autoritário.
- Certo. – Shikamaru se pronunciou.

Pelo o que parece, meus colegas de trabalho comparecerão em peso. Sinceramente, só vou para beber um pouco, o único motivo que me parece atraente. Haku! Ainda tenho que passar em seu consultório, que vida cruel. Bom, agora tenho mais o que fazer, um último ensaio, talvez hoje eu leve uma bazuca. Comecei a rir.

- O que foi agora Haruno? – Sasuke perguntava indiferente.
- Nada... – Continuei a rir.

Os três me encararam assustados, mas logo foram voltando a seus afazeres. Acho que meus ataques, já lhes pareciam normal. Minha fama deve ser essa, a louca estilista de Paris. Que divertido.

- Ino, vamos logo. – Afirmei sem muita animação.
- Sim. – Ino me acompanhava.

Porque inventam tantos ensaios? Acho tão desnecessário, além de me aborrecer, só faz perdemos um tempo precioso. Essa empresa deveria rever seus conceitos, talvez uma reforma geral em seu modo de trabalho. Mas, creio que isso nunca acontecerá. Não enquanto estiver nas mãos dos priminhos Hyuugas.

- Vamos logo, estou sem paciência hoje, então recomendo que fechem as boquinhas, e exerçam descentemente suas funções. – Disse adentrando a sala.

Depois de algumas caretas inconformadas, o ensaio teve início. Finalmente, o último da estação. Tenho de admitir, uma ponta de felicidade me domina. Só de pensar que ficarei um longo tempo sem ver esses rostinhos magricelos, esses corpinhos desnutridos, essas carinhas fúteis e carregadas de maquiagem. Viva!

- Bom Ino, te pego às oito horas, certo? – Perguntei já me ajeitando para ir embora.
- Tudo bem. – Ela dizia se despedindo.
- Até mais tarde então. – Disse olhando para meus três acompanhantes de sala.

Todos afirmaram com um leve balançar de cabeça, um aceno em despedida. E uma rápida consulta se iniciaria. Consultório vinte e um, ai vou eu! Poderia ter convidado o Haku, seria bom ele interagir com meu ciclo social, talvez ajudasse nas consultas. Deixa para lá, já convidei a Ino, e sei muito bem que ela saberá se portar, afinal não é tão incompetente. Não, competente o suficiente. Um alcance de oito estrelas, mas ainda sim, abaixo de Shikamaru. Igual aquele não há.

- A consulta terá de ser rápida hoje. – Disse adentrando a sala do consultório.
- Posso saber o porquê? – Haku já me encarava desconfiado.
- Tenho um jantar. – Afirmei me sentando na poltrona.
- De negócios? – Dr. Koori me oferecia uma xícara de café.
- Não. – Afirmei sem fitá-lo.

Logo Haku sentou a meu lado, ficou a me encarar, com uma expressão tão irritante, por pouco não lhe taco a caneca. Ele com aqueles orbes castanhos, sobrancelhas arqueadas, como se quisesse dizer: "Meus parabéns, você voltou para uma vida social". Que impertinente, se não fosse minha boa educação, já estaria pendurada em seu pescoço, apertando vagarosamente aquele pescoçinho branquelo.

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