Abre o coração, Baby

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Perdoem os errinhos e boa leitura!

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A manhã seguinte se passou em um piscar de olhos e o começo de tarde logo chegou. Uma tarde afável e calorosa.

O frio das horas anteriores tinha se dispersado e mesmo que eu não duvidasse que um retorno viesse a acontecer, o Sol havia aparecido para aquecer o dia e instalar um clima pleno.

E eu estava adorando ver Jungkook de shortinho.

Adorava não somente isso, mas o lance do shortinho eu tive que comentar. Andávamos com as mãos entrelaçadas e eu apreciava o calorzinho da mão do Baby na minha durante nossa demorada caminhada.

Era um caminho alternativo, uma ruazinha paralela à de nossas casas e eu não sabia ao certo o motivo de termos optado por este trajeto hoje. Mas mesmo que o percurso fosse mais longo, eu não reclamava, pois como eu disse antes, a mão do Baby estava quentinha e ele estava de shortinho.

Além disso, era um ambiente completamente diferente da nossa rota usual. Haviam dezenas de árvorezinhas robustas na calçada e o soprar do vento fazia com que as flores amarelas de seus galhos viessem ao chão. Era lindo.

Só não mais lindo que o Jeon.

O moreno tinha os cabelos oscilando devido a brisa tênue e ver os fios escuros da franja se emaranhando era extremamente adorável. Jungkook com seu rostinho sério em conjunto com as madeixas bagunçadas ficava extremamente adorável.

Hoje foi o dia no qual meus olhos decidiram se fixar ao Baby como se este fosse uma obra de arte em exposição. Todavia, isso não era algo ruim. Não era ruim porque os olhos viam e passavam a mensagem para o restante do meu corpo, deixando-me leve.

Leve e distraído, pois os tropeços que dei foram inúmeros. Permanecia fitando o Jeon, o que me impossibilitava de prestar atenção onde eu pisava. Coisa que Jungkook, não tão meigo quanto parecia, achava um absurdo uma vez que a lógica dizia que de mãos dadas, se eu caísse o levaria ao chão junto.

Moral da história: ele me dava vários xingos e cascudos, mas eu nem me importava porque seu cheiro de cerejinho estava me deixando ligeiramente tonto e deveras felizinho.

Acontece que Kim Taehyung não pode ficar somente leve e distraído, tem que ter a parte do felizinho e desequilibrado pois lá se foi mais um tropeço. Este seguido de um resmungo, um tapa e um "presta atenção, Kim!".

A bronca de agora foi mais severa porque passávamos por uma banquinha de jornal quando quase caí mais uma vez e digamos que eu tenha me apoiado em uma mesinha com revistas e agora todos seus exemplares estivessem no chão.

Maldita pedrinha no meio caminho.

Me apressei em recolher cada um dos papéis e tentar reorganiza-los na mesa, me desculpando com o senhorzinho que trabalhava na banca em seguida. E que simpático que ele era. Somente negou, alegando estar tudo bem e voltou a fazer suas cruzadinhas.

Ele conseguiu me perdoar, já meu dongsaeng não foi capaz de tal proeza. Dele eu ganhei um pescotapa nada delicado e um encarar crítico.

Depois de um tempo, Jungkook passou a analisar o recinto, percorrendo cada canto daquela banquinha com seus olhos. Quando o menor encontrou algo no fundo do local, próximo ao atendendo de idade avançada e ao balcão do caixa, um lampejo surgiu nos orbes escuros.

O que se sucedeu após isso, foi algo que me deixou um tanto encabulado e com medo, admito.

O Jeon, que antes me repreendia, encarou-me amável, abriu um sorriso que mesmo não mostrando os dentinhos protuberantes, era um dos mais fofos já dados por aquele garoto. Ele ainda por cima juntou ambas as palminhas e disse:

Daddy's Little Boy. tk [🍒]Onde histórias criam vida. Descubra agora