Capítulo 3

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— Eu o amo... Mas, minha pesquisa é mais importante. Nós andamos muito desconectados desses tempos pra cá, desde que comecei a sonhar mais intensamente... Com esse castelo.

— O que sonha? Ouso perguntar-lhe... – Estava quase impossível controlar minha vontade dela. Mas, não era vontade do seu sangue, só fui atraída por seu cheiro. Fui caminhando com meus braços entrelaçados nas costas, admirando-a desabafar suas frustrações.

— Sonho com esse castelo antes mesmo de começar minha faculdade, inclusive entrei nela mais para isso. Sinto uma sensação estranha...

— De desespero? De ter sentido a morte de perto? Perdido alguém? – Eu sabia desse sonho dela, pois esse sonho me atormenta há séculos! Estava cada vez mais interessada na vida dela.

— Como sabe disso? - Senti seu coração acelerar.

— Senhorita... Eu também tenho esses sonhos...

— Que coisa estranha. Posso entrar no seu castelo para conhecê-lo?

— Claro, venha amanhã à noite...

— Não pode ser pela luz do dia?

— De noite seria mais emocionante, não acha? – Falei bem próxima dela, e novamente percebo certa excitação na pele dela, pude sentir seus poros se abrirem, para seu suor escorrer...

— Senhorita Anita... Não acha que está próxima demais de mim? – Falou trêmula na voz. – Você... Tem um olhar tremendamente marcante.

— Perdoe-me... É que seu cheiro... Preciso ir, me dê licença, foi um prazer conhecê-la.

— Espere!

Nisso corri para mata... E quando me afastei dela, destruí alguns troncos de árvores pelo caminho, eu estava excitada e furiosa ao mesmo tempo, por ter visto aquela mulher, tenho quase certeza de que ela me parece alguém do meu passado!

Cacei um cervo doente, afinal tenho o faro aguçado... E rapidamente voltei ao meu castelo, alimentada.

— Sabrina! Não vai acreditar! – Encontrei Sabrina transando com sua vítima, adorava conquistá-las, e depois destruí-las em pedaços, com sua fome selvagem. E olha que a terrível e abominável filha do Drácula sou eu, na história (Risos).

Fazem isso até nos dias de hoje, conquistam, através de uma doce e ardente sedução, e depois que se cansam da pessoa, acabam deixando-a partida em pedaços por dentro e por fim seguem conscientes do ato cruel, para outra aventura, ou, melhor dizendo, perversão sexual. Os séculos anteriores em relação a hoje só mudaram na forma de se vestir, pois a mente perversa, suja continua a mesma.

— Nossa, que saciedade curiosa a tua... - Olhei impressionada para as duas em seus atos perversos.

A perversão sexual existe desde o meu século, pessoas se importam mais com o prazer carnal, com seu ego, do que com a essência, o sagrado, não mudaram muita coisa, em relação há séculos passados a meu ver...

LUZ NAS TREVASOnde histórias criam vida. Descubra agora