Capítulo 18

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— Ela mora ali naquela casa... - Olhei mais a frente, e consegui sentir a presença dela fechando meus olhos, e meu sorriso surgiu imediatamente.

— É sim... Posso senti-la. - Abri lentamente meus olhos. — Por você ter me ajudado, irei te recompensar.

— O que você poderia me dar?

— O que gostaria de ter?

— Ser sua amante... Me transforme.

— Amante? - Dei uma risada espalhafatosa. — Peça algo menos vulgar.

— Ser sua seguidora! - Olhei interessada na hora.

— Aí estamos falando a mesma língua... Irei te transformar hoje a noite.

— Sim mestra, voltarei então pra aula... - Consenti com a cabeça, e fiquei olhando atenta para a residência da Lana.

E apareceu na janela, como se tivesse me sentido olhando para casa dela. Porém não me viu.

— Ela parece aflita... Se me ver... Irá pensar o que de mim? O que estou fazendo aqui... Enlouqueci completamente!

Fiquei sentada num banco que dava de caminho a um parque muito bonito municipal, olhava as crianças brincarem, cheias de vida... Como queria ter tido isso com Lana. Ela estava grávida do Van Helsing, e íamos criar como se fosse nossa...

Uma criança deixou a bola cair próxima de mim, e ao se aproximar de mim, perguntou.

— Moça... Por que sua pele é tão pálida? - Foi uma pergunta inocente, porém, me fez se lembrar do meu lugar e quem eu era.

— Estou doente... Morta... Podre por dentro. - A criança se assustou e correu na hora.

Acabei saindo dali, e vi Lana entrando num carro... E obviamente eu a segui. Foi parar numa outra residência, fiquei confusa. Dessa vez, era a casa dos pais dela. Subi o telhado para ouvir-los melhor... E escutei a conversa dela com seus pais.

— Lana... Soube o que aconteceu na Romênia depois que te buscamos?

— O que houve? Anita está bem?

Pensei, ela se preocupa comigo.... Que cordialidade da parte dela.

— Anita é a principal suspeita... E está sumida por lá. Aquele cara do hotel sabia de algo e depois disse a Polícia que não sabe de nada do  que ocorreu. A imprensa precisa saber disso. Essa mulher é perigosa!

— Não diga o que você não tem certeza!

— Você gosta dela... Não gosta? Você quase foi embora de lá amarrada no carro.

— Vou tomar banho... Não estou me sentindo bem, depois continuamos com isso, ok? Com licença.

A mãe pegou no braço dela, e meus dentes apareceram na hora, mas, vi algo surpreendente na Lana.

— Como ousa encostar, pegar em mim assim? Agora, se me permite... Vou tomar um banho bem relaxante.

A mãe recuou dela, e ficou em silêncio... Abaixando a cabeça e saindo junto do pai dela do quarto. Isso me deu um tesão nela. Que mulher de atitude! (Risos) 

Fui seguindo-a até o banheiro... Onde ela iria tomar banho, e trancou a porta do quarto, entrei pela janela, como um vulto. Lana se encontrava nua já na porta do boxe, quando sentiu um vento frio arrepiar sua pele...

— Quem está aí? - Olhou pra trás e só viu as cortinas se mexerem rapidamente.

E cheguei por trás dela, cheirando-a ao pescoço, não sei o que deu em mim...

 
— Mas o que é... - Ela se virou e se assustou comigo. - Ahhhhhhhhhhhhhh!

Segurei as mãos dela, e coloquei-as nos meus ombros... Olhei-a com ternura e logo foi se acalmando. 

— Dance comigo... - Lana se encontrava nua, e pareceu não se importar muito com isso na minha presença, porém, seus olhos eram tímidos.

— Isso é um sonho? - Seu espanto de medo foi se tornando um sorriso de surpresa.

— Se quiser pode ser... Tudo é por conta da sua mente... - Sorri gentilmente a ela, beijando sua mão macia. — Eu vim atrás de você... - Sussurrei no ouvido dela, dando um risinho malicioso.

LUZ NAS TREVASOnde histórias criam vida. Descubra agora