Capítulo 5

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— Estou a ouvidos... - Nos sentamos no sofá.

— Não sabe quem vi na entrada do meu castelo... Eu vi a Luna, na verdade não tenho certeza, ainda!

— Mas, ela morreu... Queimada na fogueira, por se envolver com você naquela época. Fazer o que, se você se apaixonou pela mulher prometida do Van Helsing.

— ELA NUNCA FOI MULHER DELE, LUNA SEMPRE AMOU A MIM! NÃO CHEGOU A SE CASAR. O DESGRAÇADO A MATOU NA MINHA FRENTE, EU A VI SER QUEIMADA VIVA! - Comecei a ficar emputecida, querendo quebrar tudo, e Sabrina me acolhe, tentando me acalmar.

— Tem certeza de que é ela? Qual o nome? É o mesmo do que na vida passada dela, com você?

— Não... Não é... O nome dela é Lana Moldavo. E está comprometida com um cara.

— E SE ELE FOR UM... - Arregalamos os olhos juntas.

— Descendente da família Helsing... Traidores. Se ela soubesse o quanto a família dele nos fez mal no passado. Van Helsing se aliou ao Conde Vlad III, meu pai, para tentarem acabar com a corrupção na Ordem Draco, mas, quando Van Helsing viu que meu pai se "acovardou" ao conhecer minha mãe, que o mudou totalmente, também o traiu, se aliando a Ordem Draco novamente para dar a morte verdadeira ao meu pai... E minha mãe, que era uma mortal, mas, alegaram que foi uma bruxa.

— Por que só agora isso? Só agora... Essa suposta mulher semelhante a sua amada, aparece? Van Helsing o caçador de vampiros, foi visto como o herói na história cristã, deixando seu pai meu mestre como vilão na trama toda. Seus pais nos esconderam nas tumbas que ficam abaixo do castelo, e era onde seu pai descansava durante o dia, por não haver nenhuma possibilidade de luz do sol. Ainda sinto cheiro de mofo no meu cabelo, que castigo pra nós. Viver praticamente enterrada e como duas esquecidas na história durante muitos séculos, vamos pôr mais de quinhentos anos.

— Está tudo tão confuso agora... Senti um desejo incontrolável por ela. É o mesmo aperto de antes, e isso porque sou metade humana e metade vampira. Tenho quase certeza de que é ela... E está se repetindo. Se for mesmo minha amada, preciso protegê-la.

— Você é a única vampira que pode andar na luz por mais tempo... Tornou-se mais poderosa do que seu pai, o nefasto Drácula, graças a essa mistura de sangue mortal e imortal. Precisa sair dessa escuridão, usar seu dom natural, de andar na luz... E ir atrás dela, mestra.

— Não será necessário... Lana virá até mim, combinamos dela vir aqui amanhã pela noite. E mesmo se não tivesse falado que viria aqui, ela irá sonhar comigo essa noite, e sabe o que acontece nesses sonhos. Não me chame de mestra, sou sua protetora antes de tudo.

— Você tocou nela? Que perigo fatal ! - Me olhou com malícia e riu.

— Sim, beijei sua mão macia... Macia como seda... Ai! Necessito acabar com alguém! Empresta-me a sua jornalista? Essa história toda... De renascimento, me fez ter gosto novamente pela vida, preciso descarregar essa ira em alguém. - Olhei perigosamente para Sabrina, quando me excito, meus olhos ficam mais avermelhados e minhas presas se expõem de imediato.
 

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