Capítulo 10

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— Sabrina! Não é ele... O descendente. É um homem comum!

— Ai que susto! Fiquei preocupada contigo, sumiu por algumas horas...

— Lana quase foi estuprada... Não quero nem imaginar o que poderia ter acontecido a ela, se eu não chegasse a tempo.

— Senão é ele... Quem será?

— Pode estar mais perto de nós, do que imaginamos.... Devemos ficar atentas.

Sentimos cheiro de humana, na porta do meu castelo, ia chegar a bater....

— É a jornalista... - Sabrina escondeu os dentes e sorriu.

— E está cheirosa... Se limpou do próprio mijo dela (Risos).

— Entre querida... - Gritou Sabrina.

Entrou toda sem jeito, e olhando para o chão....

— Grande filha de Drácula... Peço teu perdão por minha covardia hoje mais cedo.

— É normal essa fraqueza humana de vocês... Eu também tenho essa fraqueza emocional, que me torna vulnerável às vezes.

— Tenho informações...

— Pois nos conte... - Cruzei meus braços e olhamos curiosa a ela.

— A polícia encontrou três corpos de homens... Corpos não... O que sobrou dos corpos. Na floresta.

— Nossa que coisa lastimável, coitada da família deles... - Falei em ar de deboche, e Sabrina me deu um soco.

— Isso tem mãos suas, não tem? - Jessica me olhou e Sabrina também.

— Por que estão olhando para mim? Jamais faria algo tão desumano assim...

— Anita... Você não é humana. - Comentou séria Sabrina.

Ela não gosta que deixa exposto minha selvageria... Para que não suspeitem que existam ainda vampiros, Sabrina sempre foi discreta, trazia as vítimas para o castelo, as enterra nas partes mais profundas do castelo.

— Fui eu sim... E tive prazer de destroçá-los.... Quem vai me impedir? - Levantei minha cabeça pro lado da jornalista.

— Ninguém senhorita Draco, só tome cuidado... Ao se expor assim. Alguém te viu?

— Não tenho certeza... Uma pessoa virá aqui hoje a noite.

— Quem? - Perguntou curiosa a jornalista.

— Uma historiadora, interessada na história desse castelo....

— Ela é uma inglesa com sobrenome romeno?

— COMO SABE DISSO? - Alterei já minha voz.

— Conheço o trabalho dela, é uma excelente profissional.... Pena que é namorada de um babaca.

— O que está querendo dizer com isso?

— Digamos que quase fizemos um trabalho juntas... Na Inglaterra.

— O que mais sabe? - Meus olhos começaram a ficar vermelhos.

— Infelizmente quase nada... Apenas que essa mulher gosta só de homens.

— Não por muito tempo...

— Você quer dominá-la?

— Não será preciso. Ela já é minha... Só falta se lembrar disso. - Sorri envaidecida.

— Nosssa... Então quer dizer que até ela, conseguiu atrair a vossa atenção, Condessa, ou, princesa?!

— Não me chame em títulos de nobreza... Já não existe a tempos aqui na Romênia isso. Sinto que foi uma zombaria...

Meu punho se fechou, minhas veias quase pularam pra fora, eu me estresso com muita facilidade... Ela não vai querer me ver nervosa novamente.

— Lana Moldavo... É muito reservada, não vai conseguir arrancar muita coisa dela. E a propósito amanhã terá um evento de historiadores, e Lana está concorrendo a melhor historiadora do ano.

— Já arranquei... Nos sonhos dela. E então quer dizer que tenho um evento a ir amanhã? Fascinante. - Sabrina sussurrou.

— Pare de falar da sua fraqueza para uma humana... Está louca?

— Não tenho medo de nada! - Sussurrei de volta, meio nervosa com seu comentário.

— Não tem medo de perdê-la outra vez?

— Tenho sim, odeio quando você tem razão... - E acabei se retirando dali. — Vou repousar-me, com licença senhoritas.

Nisso começou a chover, eu acho vibrante dormir ao som da chuva... Quando escurece o dia, e fica tudo em paz... Todos sossegados, e é ótimo para um sexo daqueles frente uma lareira...

— Lana... Como te desejo... Como preciso te sentir, mas, não quero te forçar a nada, por mais poder que eu tenha pra que se torne minha... Quero que seja naturalmente tudo entre nós. - Comentei estando de olhos fechados, apreciando o frescor gélido da chuva, e o som dela, ecoava em gotas tremendas, por eu ter uma audição super desenvolvida.

LUZ NAS TREVASOnde histórias criam vida. Descubra agora