Capítulo 11

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Meus olhos se abriram, ajustando-se à luz brilhante do quarto. Eu ainda estava engolindo o sangue de gosto familiar de Lauren quando percebi que era a partir de um copo, não de uma veia.

― Se eu tivesse que beber o sangue daquela criatura todo dia, eu alegremente passaria fome até a morte.

Oh, querido Deus. Por favor, deixe-me estar sonhando!

― Mãe?

Ela me deu uma careta de desaprovação antes de colocar o copo em uma mesa próxima.

― Você perdeu peso de novo. Aquele projeto de palmito com pernas não pode te impedir de morrer de fome?

Não, eu não estava sonhando. Era ela em carne e osso.

― O que você está fazendo aqui? Onde está a Lauren?

Ela levantou a mão.

― Ela saiu para algum lugar. E mesmo se eu soubesse para onde, não poderia dizer. Você sabe, no caso do outro vampiro poder descobrir. Devo dizer, Karla Camila, você tem um gosto lastimável para pretendentes.

Jesus, Maria e José. Qualquer um dos três, me ajude.

― Podemos pular o habitual jogo de agredir a Lauren? Eu não estou de bom humor.

― Nem deveria estar. - Ela disse sem compaixão. Tão típico. ― Você se casou com a frigideira, e agora parece que também pode ter casado com o fogo.

O que Lauren estava pensado, trazendo ela aqui? Claro, fazer minha mãe passar algum tempo comigo. Depois disso, eu estaria implorando para ser drogada.

― Não mencione o Alessandro, ou eu vou...

Parei, e a boca dela se curvou.

― Você vai fazer o quê, Camila?

O que na verdade? Ela era minha mãe. Eu não poderia ameaçar esbofetear, esfaquear, bater, ou até mesmo xingar ela. Eu tentei pensar em algo para assustá-la, para nunca mais mencionar a minha situação com o Dreamsnatcher de novo.

― Eu me tornarei uma swinger. Eu disse. Seus olhos esbugalharam-se. Sua criação rígida a fazia ficar desconfortável com estilos de vida alternativos. ― Isso mesmo. Trio, quarteto ou mais. Lauren conhece cerca de mil pênis ou bocetas que adorariam pular na cama com a gente. Será bizarro, alcançaremos a nossa excentricidade.

Ela bufou, indignada.

― Karla Camila!

Abaixo de nós, ouvi um riso feminino. Um reconhecível e tão inesperado.

― Como é que vocês dizem? Sou a primeira na fila do pão.

Alexa, a primeira vampira que Lauren transformou, riu de novo. Foi uma risada de alguém que não está brincando.

Minha mãe saltou em seus pés. O quarto estava aberto e Alexa tinha falado alto o suficiente até mesmo para a minha mãe ouvir.

― O dia depois de nunca, sua vagabunda voraz inglesa!

Mesmo que eu mentalmente tenha aplaudido o insulto, eu era a única que tinha começado isso.

― Mãe, não chame Alexa de vagabunda. Não é da sua conta com quantas pessoas ela transou.

Ok, então eu não poderia ser totalmente magnânima. O que Lauren estava pensando, trazendo ambas para debaixo do mesmo teto comigo? Considerando a secular, antiga relação gráfica com Lauren, Alexa e eu não nos dávamos muito bem no melhor dos dias. Minha mãe e eu tínhamos muitos problemas, apesar do seu amolecimento recente em relação aos mortos-vivos, um ghoul em particular.

Night Huntress Vol #4Onde histórias criam vida. Descubra agora