Capítulo 21

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― Testando três, dois, um... você me escuta, Lucy?

Tenente Lucia Vives minha substituta com a equipe de Simon, tossiu e murmurou.

― Afirmativo.

Ela tinha uma linha de recepção cirurgicamente plantada debaixo da pele, levando minha voz diretamente a seu tímpano. Se eu gritasse, ela sentiria dor. O microfone era menos invasivo localizado em seu colar.

― Qual é a sua localização, Lucy?

― Cruzando a Rua St. Ann e indo em direção a Bourbon. O monitor ainda mostra que ela está lá?

Eu verifiquei as imagens de satélite do French Quarter no meu laptop emprestado. A turbulência do avião não ajudava, mas eu ainda podia localizar Lauren. E a mulher perto dela.

― Afirmativo. Há um pequeno atraso, como você sabe, mas ela deve estar lá. Você fazendo tudo certo?

Lucy estava nervosa. Eu não podia culpá-la. Ela tinha que trazer Lauren sem fazer com que qualquer uma delas fosse morta. É, eu teria sido repreendida também.

― Estou bem. – Lucy disse.

―Entendido. Agora vá pegá-la.

Eu era a única pessoa que Spade conhecia que tinha contatos humanos sem afiliações diretas com mortos-vivos e que podia reunir poder aéreo militar e completo apoio com armas e tecnologia de ponta. Claro, podia ser argumentado que minha velha equipe tinha conexão com Lauren, mas nenhum deles estava mais sob seu comando desde que eu me demiti. Eu devia muito a meu tio por isso.

Já que ela era humana, Lucy não poderia ver Fabian. Ele estava lá, porém, tentando soltar pistas sobre nosso plano enquanto não era notado por qualquer pessoa de Marie. Essa não era uma tarefa fácil. Quando isso estivesse terminado, eu deveria muito a Fabian também. Como se recompensa um fantasma? Esse era um assunto do qual eu iria pensar mais tarde.

― Se aproximando do alvo, ficando em silêncio – Ela sussurrou.

Na tela, eu a vi se aproximando de Lauren. Ela estava no Pat O'Brien's, na área externa, bebendo o que eu achava que era seu uísque de costume. Seu braço estava pendurado ao redor de uma linda morena, que estava quase colada a ela. Até agora, a mão da vagabunda percorria o quadril de Lauren.

Eu apertei os punhos. Cadela, você e eu vamos ter uma maldita longa conversa depois disso.

Ela não poderia ouvir meu aviso mental, mas Vlad podia. Ele se reclinou na cadeira em frente a mim, a turbulência do jato não o incomodando. Nós estávamos a caminho do ponto de encontro se tudo corresse bem.

― Você realmente não gosta dela.

Eu não respondi em voz alta. Isso poderia confundir Lucy, já que eu estava usando fones.

Não, eu realmente não gosto.

― Eu sei que isso é precipitado. – Lucy ronronou através do meu fone de ouvido quando o satélite a mostrou alcançando Lauren e sua companhia, Cannelle. ― Mas depois de ver você duas, lindas deusas, eu não posso me decidir com quem eu quero transar primeiro.

― É isso aí garota. - Eu sussurrei. Estimulando alguém a chegar na mulher que eu amava! Eu respirei fundo. O que ela faria? Ela tinha que saber que eu enviaria Lucia. Ela iria desmascarar seu disfarce? Ou entrar no jogo e sair de lá?

― Decisão fácil, amor. - O colar dela captou cada nuance do sotaque de Lauren. ― Primeiro as mais novas, não é verdade Cannelle?

A conhecida risada de Cannelle penetrou bem dentro do meu coração. O encosto para braço do avião perdeu um pedaço.

Night Huntress Vol #4Onde histórias criam vida. Descubra agora