Cap 6

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Não dormir a noite toda, cheia de preocupações somente vi o tempo passar diante dos meus olhos que olhava a escura noite. Na madrugada mesmo resolvi expressar minha energia correndo, coloquei meu melhor casaco e uma calça legging, meus fones não poderiam faltar. No som alto da minha playlist dei uma, duas, três, quatro voltas ao redor da praça que tem em seu contorno três km quadrados, quando ia para minha quinta correndo a todo vapor na curva que me levaria ao pequeno túnel algo veio potente contra meu corpo, colidindo com força contra mim, me jogando para fora do chão de concreto, fazendo meu corpo rolar e arder em vários lugares de acordo que minha carne raspava em meio das pedras e terras do canteiro de flores. 

_ Meu Deus! 

A voz preocupada me fez sentar desorientada, com a mão ao lado da minha cabeça abrir os olhos, foquei nos olhos celestiais. 

_ Merda, tô vendo coisas! 

Me punindo por deixar aquele homem vagar minha mente levantei sentindo dor em todas articulações do meu corpo. 

_ Izabela, olha para mim! 

Não podia ser, minha mente não ia afetar minha audição dessa forma, cruzei meus olhos com o seus preocupados, suas mãos logo se fizeram presentes ao apalpar meu corpo. 

_ Ai!...

Murmuro com a dor latente na minha cabeça, afasto meus dedos visualizando sangue nas pontas. 

_ Calma! 

Proclama ganhando minha atenção, só assim percebo seu óculos em caco. 

_ Seu óculos.

Sussurro devido a dor na minha cabeça. 

_ Problemas o óculos, estou preocupado com você! 

Eu sei que não deveria está igual a uma boba diante dessas palavras, mas todavia estou, transbordando de felicidade. "Poxa, ele está preocupado comigo." Sorriu diante da sua preocupação, corada, quente igual chaleira em ebulição. 

_ A cabeça dói? 

Com cuidado afasta meus dedos, olho para ele tão concentrado no machucado da minha cabeça, avaliando e tocando logo em seguida. 

_ Hum... 

Resmungo mesmo com o toque delicado. 

_ Vou cuidar disso, acha que consegue andar? 

_ Sim... 

Falo com a voz arrastada, agora que meu sangue esfriou consigo sentir a dor nas minhas pernas já que a blusa grande protegeu meus braços. 

_ Então vamos. 

Apoio no seu braço musculoso desprotegido da blusa de frio mesmo fazendo um vento de matar. Andamos a passos lentos por alguns minutos, o sol já se fazia presente, ele me deixou sentada no meio fio enquanto abriu o porta malas do carro popular. Voltou se agachado em minha frente com a maleta de primeiros socorros na mão. 

_ Vou limpar, não se mexa. 

Fechei os olhos e segurei a dor mordendo minha própria língua enquanto ele limpava meu machucado. 

_ Foi só um corte tá acabando. 

Mais uma vez o algodão foi passado, porém o objeto se afastou e não voltou mais, abrir meus olhos me surpreendendo quando ele soprou o local ferido, um vento um pouco gelado, mas não era isso que me incomodava, era refrescante até, o que realmente estava me torturando eram seus lábios, avermelhados, uma coloração magnífica tão perto e ao mesmo tempo longe. 

O preço do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora