Cap 22

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Mais uma vez meu celular vem a vibrar em cima da escrivaninha me tirando do pequeno cochilo, abro as pálpebras pesadas, sentindo um desconforto pela claridade da luz solar ultrapassando os vidros da minha janela.

Pego ele lendo a mensagem de relance. "Iza, preciso falar com você urgente, estou indo ai, Tuco!❤"  Volto a fechar meus olhos sem forças para responder, estou tão magoada que fique desgostosa de muitas coisa. 

TOC! TOC! 

Dou um sobressalto assustada com duas pancadas estridentes na minha porta. Levanto aérea com uma mão na nuca por sentir uma dor aguda na cabeça, abro a porta por pensar ser Arthur mas mudo de ideia assim quando fito cabelos loiros e um par de olhos azuis preocupados. 

_ Desculpa pela batida, estava preocupada, já estava te chamando um tempão e nada. 

Dou um pequeno sorriso sem ânimo. 

_ Eu sinto muito, Iza.   

Tento não lembrar de ontem, dele, do quanto ele foi egoísta brincando com meus sentimentos, do meu coração ingênuo. Me machucando ao mostrar uma imagem de homens horríveis os quais não presenciei na minha vida, pois Heitor e meu pai são incríveis. Mas contudo é impossível esquecer, o fato é que Dylan morreu no momento que me usou de má fé, para dar uma escapadinha do casamento, nunca vou o perdoá-lo por isso, e ter meu ódio é o único sentimento que ele vai ter de mim. 

_ Posso te abraçar? 

Concordei sofrida, foi suave seu contato em volta do meu corpo, som nenhum sibilava por meus lábios, somente minhas lágrimas passeavam por minhas bochechas caindo no seu ombro coberto pela social. 

_ Vou ficar aqui com você. 

Sussurrou. 

_ Não precisa. 

Desviei do contato limpando rapidamente meu rosto e voltei a deitar, Manu se aproximou deitando em outra banda da cama, me olhava triste, presenciando minha dor como se fosse nela. 

_ Irmã, fica calma, eu estou bem triste, isso é notório, mas vai passar! 

Esclareço com um sorriso calmante. 

_ Quer que eu der um jeito nele? 

Acabo por rir da sua fala verifica, não duvido que ela tenha coragem, sei muito bem que não aceita ninguém me confrontando. 

_ Não precisa. 

Sorriu gentil tranquilizando minha irmã. 

_ Vou ficar bem, daqui a pouco fico com as crianças, só preciso de duas horinhas. 

Negou voltando um sorriso típico de doçura que era ela, alisou os fios dos meus cabelos beijando meu rosto seguidas vezes até está totalmente grudada em mim, em um abraço protetor que me trazia tanto conforto. 

_ Vou ficar aqui com você. 

Fecho os olhos repousando desse momento de poucos minutos, pois quando pegava no sono novamente minha porta se abre e Arthur entra espalhafatoso no âmbito. 

_ Iza! 

Não me chama, berra! desvencilho da Manu para olhá-lo sôfrego com as mãos no coração. 

_ O que aconteceu? 

Pergunto exageradamente baixo, aproximo da ponta da cama, esperando ele se recompor. 

O preço do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora