Cap 25

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_ Senhorita... 

Ergo meus olhos para o mesmo agente que me atendeu no dia anterior. 

_ Ele não quer ver ninguém. 

Levanto da cadeira de espera. 

_ Mas, porque? 

_ Ele só não quer visita. 

Abaixa a cabeça lamentando. 

_ Sinto muito. 

_ Obrigada. 

Saio da delegacia cabisbaixa, dirijo o trajeto de volta para o café encabulada, imaginando mil coisas a respeito da sua recusa em me ver. 

A ida toda manhã no hospital ver Marieta tem me consumido um bom tempo, muito das vezes fico lá até a hora do almoço, não conseguir contato com ninguém da família, e a cada dia que passa a preocupação só aumenta. 

Sinto que Dylan se sente culpado pelo estado da mãe, depois de mim minha tia conversou com ele, assuntos que não tenho conhecimento, preciso esclarecer as coisas, saber qual foi o desenvolvimento da conversa. 

Chego no café que marcamos um horário agora pouco, mandei uma mensagem quando saia da delegacia. 

_ Vai querer alguma coisa, senhorita? 

Ponho minha bolsa na cadeira ao lado, visualizo o jovem rapaz que me aborda simpático.

_ Somente um chá com canela. 

Anotou no tablet. 

_ Tudo bem. 

Retirou-se assim que anotou meu pedido, espero tia Monique perdendo a paciência por sua demora, Liz fica triste quando estou fora, chama a mim pela casa, mesmo que Noah e Vitória distrai a pequena, ainda me chama pelos cantos. 

_ Desculpa a demora! 

Um pouco ofegante se joga na cadeira, chama o garçom antes mesmo de me olhar. 

_ Traz por favor um café com leite. 

_ Tudo bem. 

Anota e logo se retira, encaro minha tia. 

_ A situação é muito complicada, Iza.

Declara com pesar. 

_ Há provas cruciais de uma tentativa de estupro! 

Mexo inquieta na cadeira. 

_ Tia, deve ter um jeito, uma prova, qualquer coisa! 

_ Não tem Iza! 

O garçom volta entregando o pedido a minha tia, só assim permito viajar em pensamentos, e quando ele sai praticamente grito: 

_ A câmera da sala!!! 

Seu semblante recai na mesa de vidro. 

_ Não tinha filme nessa dia Iza... 

Cerro meu punhos controlando a raiva. 

_ Eu não posso fazer muito, preciso de provas, alguma coisa, uma testemunha que viu a menina dando em cima dele.  

A sala toda viu praticamente, mas ninguém vai botar a cara pra bater. 

_ E o Tuco, eu? 

Nega. 

_ Depois que você foi na casa dela e bateu nela perdeu a razão, Tuco é seu amigo com certeza o advogado de acusação vai declarar isso diante da juíza. 

O preço do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora