O preço do Amor

Cap 11

Estava enérgica nessa madrugada, pelas poucas vezes que meus olhos se fecharam só me permitiu tirar um pequeno cochilo, a cama já não era mais uma solução, precisava extravasar a energia do meu corpo. 

Levantei-me e pus minha legging preta, mesmo que a madrugada era fria coloque uma camiseta cavada da mesma cor. Não perdi tempo e fui de encontro a brisa daquela madrugada, o céu armazenavam poucas estrelas, a lua crescente, era uma vista linda. O som da noite era o que eu precisava, extravasar minha energia correndo a todo vapor, chegando na praça lembrando onde tudo começou, aquilo me trazia conforto não podia negar. A praça virou um lar, onde encontrei pessoas aleatórias que fizeram morada no meu coração assim que meus olhos encontrou o deles. 

_ Só mais uma! 

Busco uma força que eu sei que tenho e dou mais uma volta com louvor, respiro ofegante levando as mãos no joelho. No mesmo ritmo que cansei me sentir também aliviada, meu corpo estava mais quente e suave. Me aprumo e caminho em direção a saída, lentamente, agora precisava relaxar. 

_ Izabela? 

A voz levemente rouca se apoderou do meu corpo, totalmente tensa olhei para trás encontrando a figura masculina no seu calção largo e blusa polo, totalmente informa, genuinamente sexy. 

_ Oi… 

Foi o que conseguir sussurrar quando ele se aproximou. 

_ O que faz aqui? 

Seu tom sai ameaçador. 

_ Precisava disso. 

Digo sincera, suas mãos se apoderam do meu rosto. 

_ O que conversamos mocinha!? 

Envergonhada nada respondo. 

_ Aqui é perigoso! 

Inquiriu com seu semblante fechado, repreendendo-me da liberdade. 

_ Eu sei, mas também é perigoso eu ter toda energia e não ter como extravasar! 

Depois de dito repensei nas palavras que saíram em duplo sentido, os olhos mansos até então se virou contra o próprio criador, ganhando uma tonalidade escura, banhada por um fogo polido no próprio bronze, parecia dois candelabros no divino ouro. 

_ É assim que extravasa! 

Cheio de urgência me arrematou para sua boca, movendo sua língua com exigência ao me abocanhar faminto, um beijo totalmente diferente dos outros que me dera, esse tinha paixão e fogo, e por Cristo, agradeço aos anjos por essas mãos grandes segurar-me, pois se depender das minhas pernas traidoras, ia ao chão como uma jaca podre. 

Eu estava em ebulição, pronta para gemer em seus lábios a qualquer momento, meu libido só aumentou com esse beijo voraz,  a forma possessiva que suas mãos entrou nos meu cabelos foi meu fim, soltei uma pequena arfada entrelaçando meus braços na sua cintura para manter-me o equilíbrio. 

Uma distância tão próxima fez surgir algo diferente entre nós, um ser desconhecido por mim, era duro que nem rocha, eu gemia sem controle como se estivesse no cio ao sentir sua virilidade no meu estômago. Dylan se afastou na mesma hora com os dois olhos arregalados e as mãos na parte íntima do seu corpo. 

_ Droga... 

Rosnou mordendo o próprio lábio inferior, fazendo uma adorável careta de dor. 

_ Vvvocê... 

Balbuciou com os dentes cerrados. 

_ Está menstruada?! 

Arregalei meus olhos desesperada, no mesmo instante minhas bochechas se esqueceram, não sabia o que responder a sua pergunta que teve mais tom de confirmação do que tudo.