O preço do Amor

Cap 27

O julgamento repercutiu por todas emissoras de rádio e tv, as pessoas certamente foram induzidas através de provas superficiais que caíram na mídia, o alvoroço se formou na porta do tribunal, várias placas pedindo justiça e respeito à favor da mulher, se não fosse minha posição nessa cilada, com certeza lutaria com garras e dentes pelo respeito que a mulher não tem em muitos lugares sofrendo assédio, aliciamento e uma série de coisas. 

Mas hoje especificamente eu estava ao lado do homem que seria réu, o homem que as pessoas gritam ao lado de fora para que seja condenado, um homem inocente. Como a história repetiu não sou capaz de explicar, essa cena parece com aquele capítulo da bíblia quando Pilatos pergunta ao povo quem eles querer que soltem, Jesus? Ou Barrabás... Hoje não é diferente, uma multidão gritando que solte Barrabás. 

Camila usou sua última carta na manga para causar tamanho transtorno, a foto que a mesma mandou para o meu pai estava em todos os sites da internet, canal de tv, na primeira capa do jornal com uma manchete bem grande em letras garrafais: O papa anjo das faculdades atacou várias vezes. Um comentário sem duvidas nojento, a foto não me entrega porque Dylan me tampava com seu corpo, só aparece os fios dos meus cabelos. Ela foi lançada sem dúvidas para causar um grande alvoroço entre as pessoas, e como Camila planejava conseguiu, o estado estava odiando Dylan e idolatrando a "salvadora" por ter ido contra a opressão, não deixando impune um "estuprador" independente das ameaças que sofreu, segundo ela delega nas redes sociais.  

Somente várias pilastras ornamentadas elegantemente de madeira envernizada de um metro me separava de Dylan, sentado em uma das duas mesas ao lado da minha tia que veio defendê-lo, do outro lado Camila a pobre samaritana se encontrava entre lágrimas mais falsa do que a própria cascavel. Todos solicitados para o julgamento estava em posição, um grupo de pessoas distintas ao lado direito separados em lugares um pouco mais elevados do que as outras pessoas atrás em bancos grandes.  

Manuela e minha mãe vieram comigo, ela já sabia da minha gravidez, na verdade todos sabiam, mas ninguém quis comentar por hora, resolveram deixar a poeira abaixar, eu agradeci muito ela por ter me amparado nesse momento tão difícil, meu pai estava realmente chateado comigo, não me procurou em momento algum, nem no mais difícil.

A hora tinha chegado, a juíza subiu em seu trono destacado pela altura e detalhe dos desenhos geométrico em degradê. Todos se levantaram para prestar saudação, ela parecia uma rainha diante dos seus súditos operários, seu simples gesto demonstra poder, a chama do seus olhos negros confiança e autoritarismo, ela estava começando a me dar calafrios. 

_ O tribunal entram em convenção para determinar a acusação feita através de Camila Morgan contra o professor Dylan Evans acusado por tentativa de estupro! 

O martelo chocou contra a mesa estremecendo meu corpo por inteiro, apertei as duas mãos que me foram estendidas. 

_ Filha. 

Segurei o ar na tentativa de encará-la mais calma.

_ Acho melhor você não ver. 

Neguei. 

_ Se eu achar que deve te tiro daqui! 

Ordenou quebrando o contato visual. Minha tia conseguiu que alguns professores próximo a Dylan depor-se ao seu favor, uma permitiu ser exposta no tribunal, os outros desistiram dias antes, Alexandra a única a ficar até o fim ficou e declarou tudo que sabia sobre o caráter do Dylan. 

Duas alunas também contaram suas versões, mentiram gravemente dizendo que Dylan realmente coagia Camila, meu estado de nervosismo era pleno, meus pés batiam no soalho do chão sem controle.