Cap 38

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Poucas semanas tinha se passado e eu ainda me sentia estranha, flácida, inchada para ser exata, não engordei muito, dois quilos e somente o peso do bebê quando ele ainda estava abrigado dentro de mim.

Tem dois dias que sair da minha quarentena, Dylan contou cada um, cada mísero dia na mente, e quando o sentir com segundas intenções há dois dias dei uma desculpa esfarrapada que estava passando mal, o homem ficou preocupado pois afinal tenho uma saúde de ferro, no outro dia a mesma coisa, ele me procurou outra vez, o coitado tinha suas necessidades, mas eu tinha minhas preocupações, então optei por dizer que minha cabeça doía muito, claro que ele respeitou, mas começou a desconfiar.

Hoje não vou precisar dar uma desculpa, graças ao evento beneficente da ONG, vou passar a noite fora, com ele é claro, porém é mais um dia que eu consigo me camuflar, eu sei que vai chegar uma hora que Dylan vai ver meu corpo, mas quanto mais adiar melhor é pra mim.

Até para me arrumar eu me escondo, peguei meu vestido e a cinta e corri para o banheiro, tranquei a porta e me vestir. Mais cedo fui no cabelereiro e fiz um penteado, uma trança escama de peixe, o vestido cor rose é lindo, a maquiagem também ficou deslumbrante, algo leve, nada espalhafatoso, odeio ficar com o rosto pesado, o vestido é a mesma coisa, ele é delicado e estiloso, principalmente por sua abertura no vale dos meus seios mostrando minha pele através da abertura em V, o que destaca também por ser bem delicado e a barra soltinha em um leque que se não fosse meu salto quinze arrastava no chão.

_ Amor, estamos atrasados!

Dylan resmunga impaciente.

_ Espera homem!

Apreço nos meus brincos brilhantes, abro a porta ainda ajeitando os cubinhos do brilhante.

_ Uau!

Ergo meus olhos procurando a voz que expressa densa, ele levanta da cama todo elegante de smoking negro e a típica social branca por baixo, fui ao seu encontro um pouco tímida diante do seu olhar faminto.

_ Você...

Mordeu a boca daquele jeito sexy que me faz latejar de desejo.

_ Está linda.

O dorso da sua mão encostou primeiro na minha mandíbula, os dedos vieram depois, em um leve dedilhar nas minhas bochechas, com delicadeza infinita, como se pensasse que um toque a mais borraria minha maquiagem.

_ Muito bonita amor.

O deus grego sabia mais do que ninguém como arrepiar minha espinha de uma forma formigante. Me deu um abraço tão convidativo, todo espontâneo, suas mãos descansaram na minha cintura com tanto respeito que me quebrantou.

Entrelacei meus braços no tronco masculino, deitando suave no seu ombro, eu gostava de ficar assim com ele, sentindo seu cheiro ameno, o toque delicado dos dedos na minha espinha, a mesma que se arrepiava com o ato. Mas de fato o que eu mais amava, era quando ele puxava meu rosto sem pressa e beija o bico feito para ele.

Não afundamos o beijo por interferência minha, meu batom descolou um pouco manchado seus lábios de vermelho, limpe sorrindo da mesma forma que ele sorria.

_ Você também está lindo!

Desci minhas mãos ajeitando sua social que eu fiz questão de colocar dentro da calça.

_ Muito bonito!

Entrelacei minha mão na sua trazendo até meus lábios, pisquei trapaceira e deixei um beijo bem no meio, marcando meu território, ele riu descontraído me fazendo apaixonar mais ainda por aquele sorriso.

Descemos juntos quase abraçados, Manu e Vitório já me esperava, o difícil foi ela conseguir largar meu pequeno, abracei Liz recebendo seus sinceros elogios.

O preço do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora