Cap 34

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Depois daquela noite onde presenciei uma crise dolorosa da minha pequena resolvi levá-la ao psicólogo, na primeira sessão a especialista Beth não notou nada demais, seguimos indo, uma, duas, três, quatro semanas uma vez a cada semana, descobrimos que ela tinha pesadelo constantes, e devido a ausência do pai e a morte da mãe no seu nascimento Liz se tornou uma garotinha frágil. 

No seu mundinho onde ela não sabe expressar o que sente, Liz só tem medo de deixar de sentir esse amor que a envolveu, Dylan está mais envolvido, muito mais, ele fica com ela boa parte do dia enquanto Liz não está na escola, eu fico mais a noite, sua avó também deu uma pequena afastada, entendemos que Dylan e ela precisa desse momento. 

Agora Noah e Vitória ficam com minha irmã Bárbara, eles adoram também, eu fico feliz por isso pois agora ajudo minha tia com algumas coisas da ONG, Dylan foi totalmente contra, ele cismou que meus pés vão explodir, mas enquanto meu bebê não nasce vou ajudando tia Monique no que posso. 

_ Ah não Iza! 

Entro na sua sala sendo repreendida na porta. 

_ Olha o tamanho da sua barriga, não vou permitir que fique aqui hoje, está tudo tranquilo eu dou um jeito! 

Dou de ombros adentrando, deixo minha bolsa no cabideiro. 

_ Tia relaxa. 

Aproximo da sua mesa. 

_ Você não tem marido pra te colocar na linha não? 

Gargalho. 

_ Ele é um banana! 

Pisco, dessa vez ela ri. 

_ Um banana que te deixou com uma barriga imensa, grande banana! 

O duplo sentido na sua fala quase me fez parir na sua sala por gargalhar sem controle. 

_ Agora é sério! 

Chamou minha atenção pelo tom autoritário, engolir o sorriso. 

_ Não acho uma boa você vim aqui esses dias, pode dar a luz a qualquer momento, e sem contar que faz um frio de matar! 

Nessa parte ela tem razão, estou usando uma legging e um moletom, três blusas de frio, minha touca e luvas, o tempo mudou radicalmente de uns dias para cá, a árvore da minha casa dissipou todas as flores.  

_ Vou aproveitar que já estou aqui, tia. 

Temei. 

_ Só hoje? 

Com certeza não passei aquela guerra em casa para desistir aqui, Dylan estava impossível. 

_ Só hoje! 

Abrir um sorriso. 

_ Obri... 

Antes de completar meu celular vibrou em um dos bolsos da minha jaqueta, procurei por ele. "Amor" Hesitei em atender, minha tia me olhou. 

_ Se for seu marido atenda, pode ser importante. 

Rolei os olhos aceitando a chamada. 

_ Alô?  

"Amor…" 

Tinha doçura demais na sua voz e isso não parecia ser bom, Dylan estava muito furioso quando eu sair de casa falando que viria para ONG, e como eu sei que ele não ficaria calmo assim do nada engolir em seco temerosa. 

"Não fica preocupada." 

Tarde de mais, eu já estava com o coração na mão, procurei a cadeira rapidamente e sentei. 

O preço do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora