Cap 29

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_ Caio!

Foi minha mãe que gritou levantando em um impulso.

_ Olha como fala.

_ Ju, entenda.

Frisou somente nela.

_ Esse mundo aqui é uma selva, a família inteira sabia o que aquela menina tava fazendo, um homem inocente ia apodrecer na cadeia por um crime que ele não cometeu, se tem algum jeito de reparar alguma coisa, é tirando um pouco do seu patrimônio, para eles entenderem que não se brinca com alguém e ficam impune!

Estava absolutamente inconformado, não para menos, meu pai é um justiceiro nato, se existe um filme que o definia era Robin e Hood, ele desbanca os grandões para exaltar os pequenos, está no seu sangue, ele sim é um homem admirável.

_ Entendo o que pensa senhor Caio, mas não quero nada dele, minha mãe está grave no hospital, isso não vai trazer minha vida de volta.

_ Mas vai reparar, o dinheiro que entrar você dar um passo na sua vida, paga os melhores médicos para dar uma chance para sua mãe!

Dylan fica pensativo.

_ Eu acho uma boa ideia, Dylan, o que eles fizeram a você foi desumano!

Dessa vez eu digo.

_ Posso pensar?

_ Claro, você tem um dia!

É o que diz meu pai cheio de autoridade.

_ E ai rapaz, que dia vai assumir minha filha e meu neto!?

Tava demorando...

_ Para pai, chega!

Levanto autoritária.

_ O senhor não tem esse direito!

Aumento minha voz.

_ Isso é ridículo pai!

Minha mãe se aproxima diligente, colocando as mãos no meu ombro para que eu me acalme.

_ Iza, calma.

_ Não, mãe! Meu pai não pode obrigar ninguém a casar comigo porque estou grávida!

_ Ahhhh, mas eu posso sim!

Rebate gritando mais do que eu.

_ Não aceito que alguém desonre a minha filha e fica por isso mesmo!

_ Pai, se escuta, o senhor parece um Neodetarlence! Estamos no século XXI, você não pode obrigar ninguém a ficar comigo!

_ Não posso?

Gargalha amargo.

_ Que se dane o século, que se dane tudo, se muitos pais tivessem a decência de fazer o que eu faço por vocês, te garanto que o índice de mãe solteiras criando crianças problemáticas seria muito menos!

Desabafa.

_ Eu prometi para mim mesmo Izabela, que meus filhos não comeria o pão que o diabo amassou, que netos muito menos, então eu estou te implorando.

Junta as mãos em uma prece sucinta.

_ Não estraga sua vida, não aceite resto das pessoas, não queira ser aquilo que sua mãe foi antes de me conhecer!

Destroçado me dar as costas.

_ Eu prefiro morrer do que ver vocês sofrerem!

No minuto seguinte sinto meu coração se apertar ao vê-lo partir decepcionado pela porta.

O preço do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora