Nathan, jovem inteligente, estudioso, educado, se envolve com uma moça e a acaba engravidando, mas ela rejeita o bebê, com medo de perder a filha ele resolve pagar para a mulher continuar a gravidez e a lhe entregar a bebê quando nascesse. Mais ness...
Acordo de madrugada com uma dorzinha chata nas costas e no pé da barriga, tentei deixar pra lá e voltar a dormir tranquilamente, mas não foi isso que aconteceu, a dor foi aumentando cada vez mais, ficando insuportável.
Às cinco da manhã já não aguento mais e me levanto, saindo do quarto, começo a andar de um lado para o outro no corredor, faço respiração cachorrinho, como minha médica me instruiu, quando acho que as coisas não podem piorar mais à bolsa estoura no meio do corredor, agora é hora de chamar o Nath. Abro a porta do nosso quarto e o encontro dormindo como se nada estivesse acontecendo, na cama de bruços, filho da mãe.
– Acorda Nathan, a bolsa estourou, o bebê vai nascer – o chamo caminhando em direção ao banheiro.
– Hã, o que? – ele acorda atordoado movendo a cabeça de um lado para o outro.
– O Lucas vai nascer – grito do banho.
Em menos de cinco segundos ele está no banheiro, com cara de pânico.
– O que eu faço? – pergunta ainda em choque.
– Que tal ligar para a sua irmã e pedir para ela com a Vivi e ir pegando a bolsa do bebê, em seu quarto, e a minha mala no closet – respondo e outra contração me pega em cheio.
– Tá, tá bom – fala antes de sair correndo do banheiro, para fazer o que pedi.
Dez minutos depois estamos a caminho do hospital, hoje agradeço a insistência de Nathan para se mudar para uma casa, no mesmo condomínio de sua irmã, o hospital é mais perto.
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( os dois últimos quartos de crianças, são de quando eles tiverem maiores).
Quando chegamos a médica já estava nos esperando, enquanto Nath fazia a minha ficha na recepção, a doutora media minha dilatação, só que para o meu azar ainda não dilatei o suficiente, agora as contrações estão vindo espassadas.
– Isso é culpa sua – grito ao ver Nathan passar pela porta do quarto.
Ele me olha espantado e assustado com minha agressividade.
– O que eu fiz? – pergunta cauteloso.
– Você, você é o culpado. Você me engravidou, eu te odeio – digo chorando como um bebê.
– Amor, você está bem? – se aproxima de vagar.
– Como vou estar bem, se estou praticamente sendo rasgada ao meio, seu filho da puta vou arrancar suas bolas – digo entre dentes.
– Mas... – não o deixo nem terminar a frase.
– Nathan, cala a boca. Aiiii – mais uma contração me atinge, agora está vindo de dois em dois minutos.
A porta se abre e a médica entra e para meu alívio, já posso ir para a sala de parto.
– Sarah, quando vir a próxima contração você empurra – a médica diz entre minha pernas.
A próxima contração vem e faço força, como nunca pensei que faria na vida, na terceira empurrada já exausta, empurro com toda minha força, caio na maca com os olhos fechados, quando um choro alto reverbera por toda sala de parto e assim nasce Lucas Mateus Clark, pesando dois quilos e novecentas grama, loiro dos olhos verdes, a coisinha mais linda.
– Olha amor, ele tem seus olhos – falo, quando uma enfermeira o coloca em cima dos meus peitos e Lucas abre os olhinhos.
– Oi garotão, eu sou seu papai – Nathan diz emocionado, com uma lágrima escorrendo seus olhos.
– Agora, vamos levar o garotão de vocês para fazer os exames de prache, quando sua esposa for levada para o quarto, levamos o bebê de vocês para a primeira mamada – a mesma enfermeira vem pegar nosso menino.
– Eu vou avisar a todos que nosso menino nasceu – Nath me beija antes de sair da sala de parto – Te Amo.
