Sábado, 21:14
Ativei o alarme do carro e atravessei a rua movimentada. Toquei o interfone e esperei que Julia me atendesse com uma bronca, pois eu estava exatamente quatorze minutos atrasado. Foi o trânsito o culpado, eu nem deixei para tomar banho quando só faltava meia hora para o nosso encontro, isso é coisa da cabeça das mulheres.
Uma voz conhecida me atendeu dizendo "oi".
— Julia, sou eu, meu amor — Respondi com a voz animada.
— A Ju está terminando de se arrumar, entra aí.
Diferente do que eu esperava, Mariana foi quem abriu a porta e eu tomei um susto em vê-la. Não estava preparado para esse nosso encontro, afinal eu combinei de de sair com outra pessoa.
— O que foi? Viu assombração? — Sorriu sapeca.— Antes fosse, até assombração é mais bonita que você — Puxei-a para um abraço e escutei gargalhar na minha orelha.
— Senta aí, vamos esperar juntos. — Mariana tirou as almofadas do sofá e me indicou onde eu devia me sentar.
— E você está fazendo o que aqui?
— Aqui é a casa da minha amiga, esqueceu?
— Não, mas é que nós vamos sair. Ela não te avisou? — Perguntei preocupado e Mariana riu revirando os olhos.
— Lembra quando eu disse que te achava lerdo? Mudei de ideia, não te acho mais lerdo, te acho muito lerdo — espiou o corredor de onde não vinha ninguém e depois se sentou ao meu lado — Na verdade... — chegou mais perto de mim e cochichou sem me olhar — A Ju me chamou aqui para que eu ajudasse ela se arrumar. São sempre inseguras quando se trata de você... — Concluiu enquanto espiava novamente se Julia não apareceria ali.
— Que noia, né? Mulher é mesmo um bicho complicado — Passei a mão pela nuca envergonhado quando ela terminou de falar.
— As mulheres tem essa mania de ficarem inseguras quando vão sair com um canalha — Ela riu.
— Valeu pelo elogio — Agradeci.
— Você sabe que não foi um elogio.
— E você sabe como eu adoro quando você me chama de canalha — ironizei — Me sinto lisonjeado, é isso.
— Você sabe como... — Mariana percebeu que Julia se aproximava de nós e fechou a boca, me deixando curioso pelo resto.
— Oi, Gui.
Júlia se aproximou com passos lentos e eu me levantei apressado do sofá. Acabei esquecendo o que conversava, porque algo me chamava mais atenção nesse momento. Era a mulher da qual chamei para sair pra um jantar romântico. Eu enfiei na minha cabeça que essa era a hora exata de levar alguém a sério e pontos positivos para minha escolha. Ela era mesmo linda, além de ser extremamente atraente. Não sei como ainda é capaz de usar camiseta nas aulas na faculdade, já que fica muito melhor em um decote. Posso afirmar que nossos corpos sempre quiseram estar juntos, salvo a lei da física. Maior do que qualquer expectativa para nosso jantar, era o de tirar sua roupa hoje á noite.
— Uau — Foi o que consegui responder.
Ela estava mesmo surpreendente dentro daquele vestido vermelho. Não sei se foram as dicas de Mariana, até fiquei um pouco confuso sobre isso, mas sei que ajudaram para que ela ficasse ainda melhor do que já era. Caralho, Julia era tudo que eu desejava naquele momento.
— Gostou? — Percebi seu corpo girar em minha frente e corri meus olhos para a sua bunda, mesmo que fosse por segundos.
— Ju, leva ele logo embora daqui — Mariana pediu irritada — E Guilherme, cuidado hein... A baba vai escorrer da boca, amigão — Ela piscou para mim.
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Meu nome é cafajeste
Любовные романы"Quando se acredita muito em amor, é ideal imaginar que o amor da nossa vida, aquele que ainda há de aparecer, chegará montado em um cavalo branco, será lindo como um príncipe e cortês com um rei. Difícil é acreditar que aos vinte anos de idade, cur...