O Salvador.

O que planejavam era pior do que pensavam.

Draco soltou todo o ar em uma sopro, ele pensava ter ouvido coisas, talvez efeito das poções que tomou ou sua mente tentando lhe pregar uma peça. Seus olhos estavam presos nos olhos verdes do bruxo a sua frente, Draco viu Harry dar um sorrisinho nervoso e coçar a nuca. 

- ok, acho que você precisa de um tempo para pensar. – disse o moreno, o mesmo estava ansioso e nervoso com a falta de reação do loiro. 

- pensar no que? 

- na minha proposta. – disse franzindo a testa enquanto Draco o olhava confuso. – a proposta que acabei de te fazer Draco, de casar comigo. Você não me ouviu? 

- e-eu... Você quer mesmo? – Draco piscou os olhos tentando arrumar a bagunça em sua mente, o coração errando alguns batimentos. – quero dizer... Sim, sim. Eu quero. 

- que bom. – Harry falou tomado pela alegria, ele se inclinou sobre o loiro tomando seus lábios em um beijo apaixonado, mas tomando todo cuidado para não apoiar seu peso sobre o menor. 

- você não está fazendo isso só por causa do bebê, não é? – Draco questionou com os olhos semicerrados.

Draco estava feliz, mas com um pouco de medo de Harry estar fazendo aquilo apenas por algum tipo de ética ou moral de herói. 

- o que? Não, eu quero me casar com você Dray, quero construir uma família com você. – disse acariciando a bochecha do outro. – e esse é só o primeiro de muitos, mas a verdadeira razão pra isso é que eu quero você do meu lado pro resto de nossas longas vidas. 

- por que não disse isso antes? – falou com a voz de choro.

- estava esperando o momento certo. – deu de ombros. – eu te amo, Draco. 

- eu também te amo, Harry. E quero viver minha vida com você. – disse sorrindo. – mas não sou uma égua de reprodução, então não vem com esse de muitos pro meu lado ou eu corto suas bolas. 

Harry riu, aquele era o Draco por quem ele havia se apaixonado. Ficaram por mais um tempo conversando até que a senhora Weasley entrou no quarto para entregar uma sopa ao Draco, Lucius estava bem atrás dela e Draco ficou feliz em ver o pai bem.

Harry achou melhor dar privacidade para pai e filho e saiu junto de Molly, indo até a sala onde seus amigos estava discutindo agora com mais calma. 

- nós devíamos ter pensado nisso. – dizia Hermione muito irritada com algo. 

- não tínhamos como adivinhar Mione, era o esconderijo da ordem, esperávamos que fosse seguro. – respondeu Rony que estava sentado todo largado na mesa.

Ao lado direito estava Hermione com a testa franzida, a esquerda estava Fred acompanhado de George e a frente e de costas para a porta da cozinha estavam Sirius e Arthur. 

- Dumbledore disse ter cuidado pessoalmente das alas do lugar, mas aparentemente ele não retirou as assinaturas mágicas dos antigos moradores. – comentou Arthur. 

- quer dizer que Bellatrix ter entrado na nossa casa foi um erro do Dumbledore? – perguntou Harry entrando na conversa e se sentando ao lado de Sirius. 

- mais ou menos. – respondeu Sirius. 

- como assim? – perguntaram Ron, Mione e Harry ao mesmo tempo. 

- bem, como todos sabem Bella é minha prima, e sendo da família Black se espera que a assinatura mágica dela esteja nas propriedades Black. Quando Dumbledore renovou as alas do largo Grimmauld ele manteve as assinaturas Black porque não podem ser retiradas. Foi coisa da minha mãe. A família Black está ligada a casa com mais que alas. Não tem como impedir um Black de entrar em qualquer que seja a residência da família.