Prematuro.

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Dor, Lucius sentia muita dor, faltava ainda um mês para o nascimento do bebê, ele tinha completado oito meses a dois dias, não era a hora e ele tinha medo. Estava apavorado e ficou ainda mais quando foi levado para o quarto onde seria feito o parto prematuro do seu bebê.

Sirius foi barrado pois o moreno estava a um passo de um ataque de pânico. E isso não ajudaria nem a ele, nem ao médico e muito menos Lucius.

Malfoy gritou quando outra contração o atingiu, ele podia sentir o sangue escorrendo, o cheiro de ferrugem impregnava seu nariz, ele já estava a um tempo sentindo as dores que diminuam o intervalo de tempo.

Uma enfermeira retirou suas calças enquanto outra lhe fazia beber algo, elas falavam com ele mas ele não conseguia ouvir durante as ondas de dor. 

- aguente senhor Malfoy, aguente. – disse o médico que estava entre suas pernas. – eu preciso que o senhor faça força, muita força agora.

- eu... Eu... Não... Consigo... – respondeu em desespero, seu bebê queria sair antes do tempo. Sua magia se agitava tentando proteger a criança, seus instintos gritando para salvar a sua cria. – não... É a... Hora. 

- você precisa colocá-lo para fora. – disse o médico com uma voz calmante, mas autoritária. – deixe-o sair. Está tudo bem, senhor Malfoy, vamos cuidar dele e ele ficará bem, mas o senhor precisa deixá-lo sair.

- doutor, ele está sangrando muito. – uma enfermeira comentou com o médico. 

- administre uma dose de poção de reposição de sangue. – respondeu o médico antes de se virar para Lucius. – não há outra forma, Sr Malfoy. Agora ele precisa sair, pelo seu bem e o bem do bebê. Faça força e tudo fica bem.

Não havia outro jeito, e Lucius sabia, não poderia mais lutar, porém temia que o bebê não fosse forte, que não resistisse ou que já estivesse morto. E quando a contração chegou Lucius tentou empurrar.

Ele gritou, chorou, e apertou o lençol até os nós dos dedos ficarem brancos, mais não conseguiu fazer por muito tempo, a cada contração ele sentia suas forças se esvaindo ainda mais. 

Já ofegava com dificuldade e podia sentir o cansaço querendo levá-lo para o sono, nem mesmo as contrações estavam conseguindo mantê-lo longe da inconsciência, um simples piscar de olhos era trabalhoso. 

Lucius estava com medo, ele queria Sirius com ele, queria Draco, ele queria dar o mundo ao seu bebê, mas não tinha mais forças para empurrar, e toda sua energia e magia estava direcionada para a proteção e preservação do bebê.

- doutor... Salve o... Meu filho... A todo... custo... – sua voz era quase um fio, tinha dificuldade de manter os olhos abertos. 

- aguente firme. – disse uma enfermeira. 

- doutor ele não vai resistir assim. – falou outra. 

- Judith, me traga o bisturi e pegue... – foram as últimas coisas que Lucius ouviu enquanto seus olhos se fechavam e a exaustão lhe vencia.

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Sirius andava de um lado para o outro, estava aflito, não sabia o que estava acontecendo com seu companheiro e filho. Harry havia voltado a mansão para acalmar Draco antes que ele passasse mal também. Já fazia uma hora e meia que Sirius estava contando os minutos sem ter nenhuma informação. 

Sua prima Andromeda chegou e fez companhia para Sirius por mais duas horas. Sirius se levantou em um pulo quando a porta a sua frente abriu revelando um bruxo de meia idade, cabelos grisalhos nas laterais, o homem limpava o suor da testa, ele parecia cansado, e Sirius esperava em sua frente ansioso por notícias. 

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