Capítulo 9.

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Fico olhando para a piscina ainda indecisa, não sei se quero entrar, tenho medo de me afogar, mamãe disse que não precisa ter medo da piscina de crianças, mas sim da grande piscina dos adultos, essa eu tenho muito medo.

O Dylan não tem medo da grande piscina, ele sai dela e pula de novo. A tia Alice me disse que ele pode porque sabe nadar e eu não.

—Emilly, pode entrar na piscina das crianças, mamãe vai ficar aqui mais os seus tios, qualquer coisa é voltar.– escuto a voz da minha mãe atrás de mim e me viro para ela.

—Mas eu tenho medo, mãe!– falo me aproximando da cadeira onde a minha mãe está sentada.

Não precisa ter medo querida, tem muitas crianças , vai fazer novos amigos.– a tia Alice tenta me convencer com um sorriso reconfortante no rosto.

—Pois é, o Dylan está por perto, qualquer coisa é chamar ele para brincar.– o tio Carlos olha para mim e aponta onde o Dylan está.

—O Dylan não gosta de mim, tio Carlos!

Vocês ainda vão se dar bem querida, tente se aproximar dele.– tia Alice fala e eu confirmo com a cabeça.

Vou tentar mais uma vez, mas sei que não vai funcionar!

Saio correndo na direção das piscinas e paro na ponta da piscina das crianças, olho ao redor dela e vejo algumas crianças jogando água uma nas outras, um pouco ao lado tem a piscina dos adultos que não tem muitas pessoas. Tento procurar o Dylan, mas não encontro ele.

Não vai entrar?– ouço a voz do Dylan e me viro para ele, mas não o respondo.

Não me diga que está com medo de água? Você tem oito anos, Emilly!

Não estou com medo!– falo cruzando os braços.

—Ah é mesmo?

Ele sorrir na minha direção e sem me dar tempo de correr, ele me pega e coloca em um de seus ombros, tento dar socos nas suas costas ao perceber que ele está se distanciando da piscina rasa, mas quando eu ia começar a gritar para ele me soltar, sinto um choque percorrer no meu corpo ao sentir a água gelada, não consigo sentir mais a presença do Dylan por perto, começo a ficar desesperada e por conta disso acabo engolindo muita água.

Sem conseguir voltar para a superfície, começo a afundar cada vez mais até sentir o piso no fundo da piscina, a minha visão começa a escurecer, mas mesmo assim sinto braços ao redor da minha cintura me impulsionando para cima.

—Emilly, acorda, por favor acorda!– escuto a voz do Dylan, mas não consigo abrir os olhos, eles estão ardendo e a minha garganta também.—Foi sem querer, me desculpa, não sabia que você iria se afogar!

O meu corpo se choca com algo gelado e duro, sinto a sua mão precionar o meu peito e começo a tossir toda a água que estava acumulada nos meus pulmões

Você está bem?– as suas mãos vão de encontro ao meu rosto e vejo o rosto do Dylan com o semblante preocupado.

Confirmo com a cabeça e escuto um suspiro de alívio sair pelos seus lábios.

Não queria que isso acontecesse, não imaginei que você não sabia nadar!

—Ai meu deus, Emilly!– escuto a voz da minha mãe e logo sou pegada no colo.

Vamos levá-la pro hospital!– papai vem até mim e me pega do colo da minha mãe...

Acordo muito ofegante, sentindo o suor descendo pela minha testa e a roupa colada no meu corpo, me sento na cama, olho ao redor do meu quarto e percebo que já amanheceu.

Por que tive um sonho de quando eu era pequena? Nem eu mesma lembrava desses detalhes. Um sonho com lembranças!

Levanto da cama e vou em direção ao banheiro para fazer a minha higiene, infelizmente hoje tenho aula.

Os pais do Dylan já chegaram e finalmente o Dylan voltou para casa dele.

Faltam três dias para o aniversário do Dylan, toda a população da nossa alcateia vai estar presente, é o aniversário de dezesseis anos do filho do alfa, duvido muito que as pessoas faltem, principalmente as garotas, maiores de dezesseis anos, que tem a esperança do Dylan ser o seu parceiro.

Tenho pena delas, não imaginam como ele é insuportável de se conviver!

O meu aniversário não está longe, mas confesso que tenho medo desse dia chegar. Meus pais disseram que doi muito a primeira transformação, é nessa parte que eu tenho medo, mas ainda assim, estou ansiosa para encontrar o meu companheiro, as vezes eu penso que poderia ser alguém que eu conheço, seria mais fácil se eu já conhecesse essa pessoa, iria me sentir mais confortável.

Apesar que a Iza encontrou o seu companheiro e nem conhecia antes, mas mesmo assim queria que fosse alguém que eu conhecesse e que tenha intimidade.

Meu Companheiro Inesperado I (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora