Capítulo 26.

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Estou nesse exato momento assistindo Capitão América, não me canso de repetir os filmes da Marvel, afinal, é a Marvel.

Quando chegamos do colégio, a tia Nanda preparou um almoço delicioso nós, ela trabalha nessa casa há muito tempo, sempre nos tratou como seus filhos e sempre nos dava guloseimas sem os nossos pais verem.

Mesmo com as nossas brigas frequentes quando éramos menor, ela nunca levantou a mão em nós e sempre arranjou um jeito de nos fazer pedir desculpas um para outro.

Pelo menos funcionava por algumas horas!

Depois de comer, o Dylan foi para área de treinamento, que tem no jardim dessa casa, lembro-me que desde pequeno ele treina, uma vez acabei espiando o treino dele com o pai, no final me arrependi disso, os métodos de ensino utiliza muita agressividade, mas o meu pai disse que era preciso para ele se tornar um alfa forte e ágil.

Quando acabei de tomar o meu banho, fui direto para a sala de cinema, essa parte da casa é a minha preferida, os sofás são extremamente confortáveis, a televisão é enorme e quando desligamos as luzes, a sala fica escura, dando um ar de estar dentro de um cinema.

Dou um pulo do meu lugar ao perceber a luz invadindo a sala que segundos atrás estava escura.

—Sabia que você estaria aqui.– me viro no sofá para poder enxergar o Dylan encostado na porta.

—Eu amo essa sala!

—Pelo visto ama esse filme também, desde pequena que você assiste Capitão América, esse é o primeiro?

—Sim, "O primeiro Vingador"!– respondo sorrindo.

—Já estava me esquecendo do motivo que vim aqui. Vou ter que ir para o colégio antes do jogo começar.

—Por quê?– pergunto curiosa já que só são três horas da tarde e o jogo só começa às seis.

—Vamos treinar antes do jogo, então só vamos nos ver a noite e o motorista irá te levar.

—Está bem.– concordo não querendo ir andando.

—Não faça nenhuma estupidez enquanto eu estiver fora.– ele fala e uma risada aparece no meu rosto ao pegar a referência.

—Como eu poderia fazer? Está levando toda estupidez com você.

Ele abre o sorriso que me possibilita a poder observar as suas covinhas aparecendo, cinco segundos depois ele sai da sala, fechando a porta.

Agora vou tentar voltar a minha atenção pro filme!

(...)

Desço correndo os degraus da escada já arrumada para o jogo, o Thomas irá me encontrar na porta do colégio, mas a Isa não vai poder ir, o Stefan adoeceu e ela está tomando conta dele.

Ela ama mesmo ele!

Não corra nas escadas, vai acabar caindo.– ouço a voz da dona Nanda e desço os últimos degraus devagar.

—Me desculpe, tia Nanda.– sorrio para ela que me devolve com um sorriso calmo no rosto.

—Já vai assistir o jogo do Dylan?– ela pergunta amarrando o seu cabelo grisalhos em um coque.

—Sim, vai começar daqui a alguns minutos.

—Melhor você ir logo para não se atrasar, se cuide e fique sempre por perto do Dylan.– ela fala vindo na minha direção e logo em seguida, deposita um selar na minha testa.

—Eu sei me cuidar, tia Nanda, o Dylan não vai gostar que eu fique no pé dele toda hora!

—Se ele te pirraçar ou arrumar encrenca, pode falar comigo que eu puxo a orelha dele.

—Pode deixar, tchau, tia Nanda!

—Tchau, querida!

Passo pela porta da casa e avisto o motorista me esperando, balanço a cabeça em um gesto de cumprimento e entro dentro do carro.

Fico observando a paisagem pelo resto do caminho sem falar nada, logo chegamos no colégio.

Vários carros estão estacionados, pessoas que nem mesmo frequenta esse colégio estão entrando para poder ver o jogo, mas mesmo com várias pessoas ao meu redor, consigo avistar o Thomas encostado numa parede olhando ao redor, certamente deve está me procurando.

Sem correr, caminho na direção dele, que logo me ver e sorrir para mim.

—Está aqui a muito tempo?– pergunto quando ficamos próximos.

—Não, cheguei há uns cinco minutos, estou ansioso para ver como o jogo daqui funciona!– ele responde animado.

—Você vai gostar, é até engraçado assistir eles.– falo adentrando os portões do colégio.

—Se eu não fosse tão ruim em educação física, iria gostar de entrar em um time.

—Agora me deu ânimo para assistir as aulas de educação física do terceiro ano.– indago rindo de leve.

—Vai ser uma honra ouvir a sua risada por minha causa.

Balanço a cabeça e começamos a subir os degraus da arquibancada, ainda bem que não começou o jogo ainda e as arquibancadas tem lugares vazios.

Meu Companheiro Inesperado I (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora