Capítulo 48.

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Tomo mais um gole do meu suco, ouvindo o senhor James falar sobre sua alcateia, vezes ou outra a sua atenção voltava para mim, me fazendo diversas perguntas.

James é o alfa da alcateia Waning, e como sempre, tive que comparecer no almoço da casa Harris, junto aos meus pais, para receber ele. Assim que esse almoço acabar irei ao salão de beleza me encontrar com a Iza, iremos nos preparar para o Baile de hoje à noite juntas.

—Emilly, estou querendo fazer uma pergunta para você desde que te encontrei, mas acho que ela poderá ser invasiva demais.

—Pode perguntar, irei lhe responder.

—Com que idade você deseja ter o nosso supremo?– engulo em seco, ainda olhando para ele.

—Não pretendo engravidar por agora, quero terminar os meus estudos, não estamos prontos para isso, para ter um filho com apenas dezesseis anos.

—Claro, entendo!– ele sorrir para mim e volta a sua atenção para o meu tio e pai.

Deixo o copo vazio em cima da mesa, assim como o meu prato que minutos atrás estava com comida, todos estão entretidos em uma conversa, menos o Dylan, que acaba a sua refeição e se vira para mim.

—Amor, vai querer que eu te leve para o salão de beleza?– Dylan sussurra para somente eu escutar.

—Não é longe daqui, não precisa!

—Você não vai me deixar te ver depois disso, né?

—Não mesmo, te vejo de noite!– deixo um selinho nos seus lábios e me levanto da mesa.

—Não entendo o motivo de só te ver arrumada na hora do Baile!– ele resmunga me fazendo rir de leve pela sua indignação.

—Lincença, irei me encontrar com a minha amiga agora. Foi bom lhe encontrar novamente, senhor James!

—Igualmente, mas apenas James por favor!– sorrio para ele e pego minha bolsa.

Dou as costas para eles, caminhando na direção da saída dessa casa, deparando com algumas pessoas me cumprimentando ou apenas me olhando. Depois que surgiu uma informação pela nossa alcateia que eu era a garota na profecia, as pessoas passaram a repararem mais em mim, a maioria sendo gentil, mas mesmo assim no começo foi difícil para mim ter que ser o centro das atenções ao sair de casa.

Com apenas cinco minutos de caminhada, avisto a Iza com o seu celular em mãos, sem perceber a minha presença.

—Iza!– falo um pouco alto ao tocar os seus ombros, fazendo com que ela tome um pequeno susto.

—Garota, não me faça tomar susto porque eu sou cardíaca!

—Desde quando você é cardíaca?

—Desde o dia que pessoas como você ficaram me dando sustos!

—Ok, ok, agora vamos entrar, temos que está prontas antes das sete.

—Sim, esse Baile promete!

(...)

Ao descer pela escada da casa dos meus pais, sinto que estou deslumbrante para esse Baile. Meu cabelo está levemente ondulado em uma trança que contorna a minha cabeça como uma tiara que se perde pelo meio de um coque despojado, com leves mechas de cabelo ao lado do meu rosto, que está com uma maquiagem que destaca os meus olhos, combinando com o vestido azul turquesa que estou trajada, junto com saltos, nem tão altos assim, em uma cor nude.

—Você está linda, filha!– meu pai se pronuncia ao me ver na sala.

—Obrigada, pai!

—Eles crescem tão rapido, não consigo me conformar!– percebo que ela está mencionando não apenas o Baile, mas sim o fato que irei me mudar hoje, depois do baile, para minha nova casa, que já contém a maioria das minhas coisas.

Meu Companheiro Inesperado I (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora