Capítulo 18.

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—Vamos Emilly, eles nem vão perceber a nossa ausência!– Iza insiste mais uma vez tentando me convencer a entrar naquela imensa floresta que pode se encontrar atrás da casa do Dylan.

Mesmo que eu esteja com muita curiosidade de explorá-la, o meu medo está um pouco acima da curiosidade, ela é tão grande que tenho medo de me perder já que nunca entrei nela, muito menos a Iza.

Os meus pais foram trabalhar e tiveram a brilhante ideia de me deixar na casa do Dylan, mas para a minha infelicidade os pais do Dylan não estava em casa. Como a minha mãe me ama muito e compreende muito bem que eu não se dou bem com o Dylan, ela colocou para ele ficar de olho em mim até voltar para me pegar.

Qual era a precisão disso? Eu já tenho doze anos, não sou nenhuma criancinha para ela colocar alguém quase da mesma idade que a minha para me vigiar.

Tá bom, talvez eu já tenha feito merda quando ficava sozinha. Mas só porque eu tenha sem querer explodido o micro‐ondas na última vez que fiquei sozinha, que não possa tomar conta de mim mesma.

Mas pelo menos o Dylan me deixou chamar a Iza enquanto ele ficava com o Pietro jogando vídeo game. Claro que depois de me pirraçar bastante por ter que "cuidar" de mim.

—Vamos, tô cansada de ficar sem fazer nada!– falo levantando dos degraus da escada e vendo ela dando pulinhos de felicidade.

—Vamos tentar ir até a porta do quintal sem que os meninos possa nos ver!– balanço a cabeça confirmando.

Olhamos para a sala, para ver se os meninos estão mesmo concentrados no jogo, e fomos na ponta dos dedos até a porta. Pegamos na maçaneta e fomos abrindo lentamente para não fazer barulho, abrimos a porta e passamos rapidamente por ela, logo fechando em seguida.

—Até que foi fácil!– falo ao me aproximar cada vez mais das árvores de porte grande.

—É capaz de um furacão passar por eles, mas eles não saem daquele jogo!

—Dois viciados.

—Isso é lindo!– olho ao meu redor e percebo o motivo do encantamento dela, a floresta é realmente incrível.

Sempre tive medo de entrar nela, pensava que ia ter muitos animais selvagem e insetos para todos os lados.

Mas na realidade essa floresta é linda e encantadora de todas as formas. Ela nos dar um ar de familiaridade, de conforto, de prazer, a minha alma se sente livre com o vento batendo contra o meu rosto, o cheiro da natureza, o conforto que ela me trás é impressionante, e acho que a Iza está sentindo a mesma coisa que eu.

A cada passo que nós damos, mais o arrependimento de não ter entrado nela antes aumenta.

—Como nunca entramos na floresta antes?– ela me pergunta sem desviar o olhar para as plantas.

Também queria saber, sem contar que os meus pais sempre me chamaram para ir e eu nunca aceitei.

—A floresta faz parte de nós!

Sim, aposto que a sensação de estar transformada e correr entre as árvores deve ser gratificante!

Sim, não vejo a hora dos nossos instintos serem totalmente libertados!

—As vezes imagino como será a cor da minha pelagem!

Meu Companheiro Inesperado I (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora