Capítulo 61.

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Sinto minha região lombar começar a doer, o que não está me possibilitando andar rápido. Sinto medo nesse exato momento, não apenas dos vampiros, mas medo de ter acontecido algo com o Henry durante essa correria e a minha queda ao chão, mas relembro que se estivesse acontecido algo estaria escorrendo sangue em minhas coxas, e graças a Selene não está.

Involuntariamente saio da posição que estava, correndo para o lado esquerdo quando os meus sentidos me avisam de algo vindo em minha direção, e estava completamente certo, pois ouço um estrondo de algum ferro batendo no chão. Olho para o lado e para frente, avistando um poste ao meu lado e olhos vermelhos em minha direção, mas quando ele estava prestes a avançar em mim, um lobo arranca sua cabeça com as presas.

—Emilly, você não deveria estar aqui!Cadê o nosso alfa?– um homem mais velho que eu por alguns anos me olha espantado, ao lado do lobo que jogou a cabeça do vampiro em cima do cadáver.

—É isso que eu queria saber! Preciso chegar no esconderijo na floresta!

—Marcos, avise aos outros para não deixarem nenhum sanguesungas passarem para a floresta. Irei ajudar Emilly a chegar no esconderijo, eles estão querendo o nosso supremo, precisamos o proteger!– o homem desconhecido por mim, fala olhando para o lobo que balança a cabeça em concordância e começa a correr.

—Obrigada!

—Não precisa agradecer. Você irá precisar guiar o caminho, vou me certificar que ninguém irá estar nos seguindo!

Começamos a adentrar a floresta e me esforço para lembrar o caminho, que Dylan me fez andar várias vezes explicando que temos que ter prevenção caso ocorra algo, e ele estava certo.

Os raios de sol estão passando dentre as folhas das árvores de porte grande, iluminando o caminho que estamos percorrendo, mas um barulho de galho se quebrando e folhas secas voando nos fazem olhar ao redor e logo o homem que está comigo se transforma e fica em posição de ataque.

Segundos se passam quando avisto algo indo na direção do lobo, e mais deles aparecem, forçando com que minhas garras apareçam.

Antes que um deles possam me tocar, chuto sua barriga, mas não foi o suficiente, pois ele nem ao menos caiu no chão, sorrindo na minha direção e negando com a cabeça. Não tenho nem ao menos um segundo para pensar em algo quando sua mão segura o meu pescoço e minhas costas é brutalmente prensada em um tronco.

A dor em minhas costas só aumenta, junto com as pontadas em minha barriga. Tento a todo custo tirar sua mão que está apertando o meu pescoço e me suspendendo cada vez mais, o que não me faz sentir o chão, minhas garras perfuram a sua pele e rosno para ele, mas o mesmo nem ao menos se mexe.

Seu corpo aperta o meu contra o tronco, apertando agressivamente a minha barriga, me fazendo gritar de dor, com a minha garganta queimando. Procuro o homem que estava comigo, torcendo para que ele possa me ajudar, mas só encontro o seu corpo ainda em forma de lobo estirado no chão, com uma poça de sangue ao redor dele e sua pelagem escura misturada com o vermelho metálico do sangue, logo o lobo que avistei na praça antes de entrar na floresta aparece correndo na direção dele, se transformando e tocando em sua pelagem desesperadamente, tentando tirar sua dor sem ligar para os inimigos que o cercam.

O meu corpo em um piscar de olhos vai para o chão e tento repor o ar de meus pulmões, passando a mão em minha barriga e me encolhendo perto do tronco quando a dor aguda não deixa o meu corpo. Olho para frente ao identificar os rosnados conhecido por mim e sorrio ao ver o meu lobo negro atirando e mordendo os corpos dos vampiros que restaram nessa floresta.

Os pelos negros estão manchados de sangue, mas consigo sentir o cheiro empregado no sangue e não é o do Dylan. Desvio o meu olhar do Dylan quando sinto algo escorrendo em minhas coxas, os meus olhos dobram de tamanho e me levanto para conferir as minhas suspeitas, comprovando tudo quando avisto o líquido descendo cada vez mais em minhas pernas.

Meu Companheiro Inesperado I (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora