Meu Companheiro Inesperado I (EM REVISÃO)

Epílogo

Dois anos depois...

Tento deixar todos os pratos e talheres organizados na mesa, posta no Jardim, em seus devidos lugares, analiso ela por completo, para perceber se algo está faltando, mas não há nada fora do lugar.

Sorrio ao sentir braços ao redor de mim, o seu corpo abriga o meu perfeitamente, viro meu rosto para o lado pra poder me embriagar no seu aroma cada vez mais, antes consegui sentir seu cheiro e presença encostado no batente da porta, enquanto ele me observava, mas agora está muito melhor. Suas mãos começam a acariciar minha barriga enorme com apenas quatro meses por cima do vestido que a abriga.

—Eles chutaram!– Dylan exclama surpreso por conseguir sentir eles se mexendo pela primeira vez.

Com os seus olhos dobrando de tamanho, ele para na minha frente e coloca suas duas mãos sobre o tecido do vestido, acariciando e sorrindo para minha barriga.

—Eu te disse que o motivo para eles não chutarem quando você fica por perto, não era porque nossos filhos não gostam de ti!

—Foi o único motivo que se passou pela minha cabeça, porque até o Pietro sentiu eles se mexerem e quando eu tento eles sempre permanecem quietos.

—Que lobo sarnento mais bobo!

—Não posso negar, a culpa é de vocês por me deixarem assim!

—Claro!– reviro os olhos, sorrindo para ele.—E onde está o Henry?

—Desenhando dentro do quarto.

—Irei dar banho nele, tenho certeza que está todo melado de tinta!

—Acertou. Mas não tive coragem de mandar ele ir pro banho, ele estava concentrado demais na nova obra de arte que foi impossível atrapalhar!

—Obra de arte que vai para sua coleção de desenhos.

—Não jogo fora nenhum, é claro que vai para minha coleção!– seus lábios percorrem a pele de minha bochecha, mordendo de leve.—Ah, já estava esquecendo de avisar que não iremos ser os únicos a contar algo nesse jantar.

—Como assim?

—O casal Thompie tem uma novidade para nos contar!

—Agora você me deixou curiosa, Pietro e Thomas não me falaram nada suspeito!

—Mas não estamos fazendo diferente deles, já tem duas semanas que o Pietro fica no meu pé para eu falar sobre o sexo de nossos filhos.

—Mas eles não deram nenhuma dica?– pergunto e ele nega com a cabeça.

—Vamos ter que esperar eles chegarem, lobinha.

—Espero que cheguem logo! Vou subir para dar banho no Henry enquanto esperamos.

—Tudo bem, vou ajudar a tia Nanda com a comida.

—Você? Ajudar na cozinha? Sarnento, não importa quanto tempo passe, você irá continuar péssimo na cozinha!

—Vai, continua passando na cara, só porque aprendeu a cozinhar primeiro que eu!

Dou risada e seguro os dois lados de sua bochecha, apertando os seus lábios contra os meus, iria ser apenas um selar, só que acabamos aprofundando um pouco.

Emilly, o Heny para dar banho!

Separo os nossos lábios ao lembrar do nosso filhote todo sujo de tinta no andar de cima, dou às costas para um Dylan resmungando e caminho em direção à porta. A grama em baixo dos meus pés é macia de se sentir entre meus dedos e pele, a lua cheia está reluzindo o nosso quintal, deixando o céu enfeitado com várias estrelas acompanhadas ao seu redor, o vento não está gelido, tornando esse jantar aconchegante e perfeito para acontecer ao lado de fora da casa.