Capítulo 58.

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Já despida, desligo a torneira de água morna da banheira, entrando nela logo em seguida, tendo cuidado na onde piso. A temperatura da água em meu corpo faz com que ele relaxe, não apenas a mim, mas um pequeno agitado em minha barriga que se mexe a cada momento, sempre dando chutes que deixa o Dylan bobo para poder colocar a mão sobre minha barriga e sentir o nosso pequeno Henry se mexer.

Esses sete meses de gestação está me deixando com o humor um pouco variado, às vezes tento me controlar e não me estressar ou chorar com qualquer coisa, o que faz com que o Dylan não saiba o que fazer quando isso acontece, como o dia que chorei apenas por que deixei o meu sorvete cair da casquinha, fazendo o Dylan comprar potes de sorvetes para mim. Essas lembranças me deixam constrangida com as minhas atitudes involuntárias, por conta disso não me arrependo de começar as aulas particulares um pouco antes do previsto.

Já faz um mês que estou tendo aulas particulares com o professor Diego, e não está sendo nada como eu imaginava ser, o que era só coisas negativas, pois ele é paciente e explica muito bem todos os assuntos que o nosso colégio está tendo, e hoje estávamos revisando para as provas que ele irá passar semana que vem. Apenas estou sentindo um pouco de saudade do Pietro e Dylan comigo na sala de aula, mas estudando em casa me possibilita mais conforto.

Saio dos meus pensamentos com mais um chute do Henry, o que me faz rir por sua afobação, ainda faltam dois meses para ele nascer e o mesmo já está ansioso, junto ao seu pai babão que fica por perto só para verificar se estamos nos sentindo bem ou se queremos algo a todo momento.

Saio da banheira ao terminar o meu banho e enrolo a toalha no meu corpo, saio do banheiro e não vejo Dylan no quarto, então vou direto para o closet, procurar alguma roupa que caiba em mim.

Preciso urgentemente comprar mais roupas para grávida.

Analiso cada peça de roupa na minha frente, sem vontade nenhuma de usar mais vestidos e macacões apropriados para mim. Visto as peças íntimas e ando na direção da parte do Dylan, começando a procurar as suas blusas largas, ficando contente ao achar uma preta que deu no meu corpo.

Decido apenas ficar com a blusa e pego todas as blusas dele que tirei do lugar para colocá-las de volta. Ao começar a dobrar algumas peças, percebo uma caixa preta no fundo do compartimento das blusas.

Talvez seja algo pessoal dele, Emi, não mexa em algo que não é seu!

Tento repassar essa frase em minha mente, para tentar afastar a minha curiosidade, mas é uma tentativa falha a se fazer.

vai ser uma olhadinha!

Pego a caixa com um tamanho razoável e abro ela, me deparando com várias folhas de ofício. Passo os meus dígitos sobre a primeira folha da pilha, percorrendo eles por cada traço feito por giz de cera de diferentes cores, formando uma paisagem com um campo e uma casa. Sem acreditar de fato do que estava vendo sobre minhas mãos, pego a segunda folha, agora coberta de um tinta vermelha formando um coração, com vários detalhes coloridos ao seu redor.

Entre todas as folhas dessa caixa contém um desenho diferente, uma árvore com vários passarinhos imaginários morando nela, um mar, pessoas com uma aparência bastante peculiar, comidas, lobos, gatos e cachorros. Mas esses desenhos tem algo em comum em todos eles, que é uma assinatura extremamente desengonçada no canto de todas as folhas, Emilly Smith.

—Lobinha, o que você está fazendo?– a voz em sussurro do Dylan de algum modo não me assustou com a sua aparição repentina.

—A caixa caiu e acabou abrindo!– minto sabendo que ele iria perceber.

—Como se eu não te conhecesse o suficiente para saber que ficou curiosa ao avistar minha caixa quando estava procurando uma blusa minha!– ele fala me abraçando por trás, acariciando minha barriga.

Meu Companheiro Inesperado I (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora