Meu Companheiro Inesperado I (EM REVISÃO)

Capítulo bônus 2/2.

Estaciono o meu carro na rua mesmo, amanhã coloco ele na garagem, saio do carro e dou a volta no mesmo, abrindo a porta do passageiro. Com bastante cuidado, retiro o Pietro de lá, o carregando até a porta de casa, que daqui a alguns dias também vai ser dele.

Abro a porta, sem muita dificuldade, e a fecho logo em seguida com o Pietro ainda adormecido, subo na direção da escada que dá para o meu quarto, digamos que essa casa só tenha dois quartos, o meu e um de visita, mas o de visita não está pronto ainda. Quando estou entrando no meu quarto os seus olhos azuis se abrem, rolando eles por todo o local.

—Foguinho, onde estamos? Cadê a minha comida?– dou uma leve risada e o ponho no chão, me certificando que ele não irá cair ou tropeçar.

—Estamos na minha casa e a comida lhe dou amanhã, agora você precisa ir tomar banho.

—Não quero tomar banho, estou com sono!– ele fala se distanciando de mim, indo na direção da minha cama, mas o puxo pela cintura, o afastando da cama.

—Precisamos fazer com que o efeito do álcool passe um pouco!– exclamo e quando ele estava pronto para negar, o mesmo coloca a mão na boca.

O faço caminhar rapidamente para o banheiro que tem no quarto, antes que o Pietro vomite fora da privada. Acaricio os seus fios escuros enquanto ele coloca uma boa parte da bebida para fora do organismo.

—Agora sim você precisa de um banho! Vou te deixar tomar banho sozinho, qualquer coisa é só gritar.

Saio do banheiro, fechando a porta, caminho na direção do meu closet na intenção de pegar algumas peças de roupa para ele.

Retiro toda a minha roupa e a jogo no cesto de roupas sujas, colocando apenas uma regata e uma calça de moletom para dormir. Ainda não estou acreditando que esteja ocorrendo tudo tão fácil, sem nenhuma rejeição, espero que não seja apenas o efeito do álcool, mas acho que essas bebidas que ele tomou ajudou bastante, Pietro sóbrio nunca iria me deixar se aproximar tanto de si assim, pelo menos é isso que ele me faz acreditar quando foge de mim.

Balanço minha cabeça para tentar afastar os meus pensamentos e me concentro em apenas pegar as peças de roupa, e entregar para o Pietro, que já deve ter acabado o banho.

—Pietro, vou te entregar essas peças de roupa para você usar.– digo abrindo um pouco a porta, apenas para minha mão passar e ele pegar a roupa.—E tem escova de dentes nova no armário.

Não demorou muito para um Pietro sonolento abrir a porta do banheiro, com os seus olhos lutando para se manterem abertos e seus fios úmidos que estão escorrendo pouca quantia de gotas de água. A calça de moletom cinza coube bem nele, só está cobrindo uma boa parte dos seus pés, a blusa ficou grande como o previsto, mas não irei conseguir tirar a imagem fofa dele com as minhas roupas nem tão cedo.

Por que tão lindo?

Ele caminha em passos preguiçosos até a minha cama, se jogando nela e se cobrindo com o cobertor até a sua cintura. A imagem do Pietro ontem, uma medrosa e fujona, não condiz com essa de agora, uma totalmente indefesa e manhosa.

—Vem, deita aqui comigo.– olho para ele surpreso com a sua fala.

Mas é claro que não vou rejeitar!

Antes de me deitar na cama, pego uma toalha menor no banheiro, para poder secar os seus fios húmidos, quando ele estava quase fechando os olhos para cair no sono, me sento na cama e o puxo pelos braços para poder se sentar, ouvindo várias reclamações do mesmo.

—Me deixa dormir, foguinho!

—Você vai acabar ficando doente se dormir com o cabelo molhado.