"Muito para te contar"

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"Quando você descobre a verdade, vem junto a sensação de toda a sua vida ter sido uma mentira"

Até então.

Eu estava em um sono muito bom, até sentir o calor tomar conta do meu corpo, não era um calor insuportável, era razoável e aconchegante, porém os raios de sol me obrigaram a acordar. Tentei me preparar mentalmente para a dor que viria a seguir, mas nada veio, apenas a pequena sensação de está sendo observada. Abri lentamente os olhos, tentando me acostumar com a claridade, me deparando com olhos castanho a me observar. A princípio não falei nada, apenas admirei aquela figura masculina que estava sentada em uma cadeira a beira da cama.

Parecia atento, a visão do homem sem camisa não era desconfortável até eu raciocinar. Christian Blackwell, sem camisa, no meu Quarto? Como assim?

—Bom dia _ A voz soou um pouco rouca e excitante, como se tivesse medo de algo, a minha mente trabalhou para falar algo que não fosse constrangedor a situação .

—Bom dia _ sorri simples — O que está fazendo aqui? _ perguntei ainda sem parar de olhá-lo. Realmente, Christian tinha uma beleza divina vinda dos deuses.

O silêncio reinou, mas não parecia constrangedor, por incrível que pareça, ele causava isso. Minha mente estava em um turbilhão de pensamentos, sobre como eu cheguei em casa, até lembrar dos acontecimentos da noite passada de forma mais clara.

—A minha prima virou um lobo..._ falei de forma retórica, parando para raciocinar o fato de coisas surreais terem acontecido no enterro ontem e na lembrança da cabeça de Tânia rolando pelo chão.

—o que..._ eu o interrompi me levantando bruscamente e correndo para o canto do quarto de forma histérica.

—A MINHA PRIMA VIROU UM LOBO _ Disse com as mãos na cabeça, a esse ponto eu já tremia o medo rondava minha cabeça quando a porta foi aberta pela minha mãe.

—alicia? _ Ela falou franzindo a testa, percebeu o meu ataque de desespero, provavelmente sabendo do que se trata.

Christian apenas suspirou de forma cansada logo saindo calado do quarto, a cada passo que ele dava pra longe, Parecia que algo em mim era arrancado, uma sensação de vazio invadiu meu ser. Olhei para a minha mãe quase que em um pedido de Socorro quando a mesma veio me abraçar.

—Aah eu tenho muito o que te explicar _ a voz dela saiu embargada, enquanto me abraçava eu sentia o quanto ela estava tensa o que não era muito do feitio dela.

—Eh, muito mesmo _ suspirei saindo do abraço. —Como a Louise tá?

—Ela está bem querida, ela apenas precisou de um bom tempo para descansar _ Ela falou pegando um vestido meu no guarda roupa e o colocando sobre a cama.

—umas 6 horas ? _ perguntei confusa.

—Seis horas? Alicia… o Herbert precisou te apagar por dois dias _ Ela disse como se fosse normal.

Luna SupremaOnde histórias criam vida. Descubra agora