E depois de ler pela segunda vez o livro, eu cansei.
Não sabia como podia existir uma linguagem tão complexa quanto a de "Selene", e isso me irritava; Um bom tempo se passou enquanto eu lia e relia a relíquia e a única pessoa que podia explicar-lhe não estava ali.
— Porra Herbert, cadê você? — Exclamei. Fazia exatamente dois dias que ele desaparecerá sem dá sinal de vida. O que já estava me preocupando.
Então, sem saber mais a quem recorrer, apenas levantei da cama a caminho da porta do quarto. Os últimos dois dias haviam sido monótonos, fiquei presa no quarto de hóspedes do casarão Blackwell, já me sinto parte da mobília do quarto. Caminhei com o livro nas mãos até o segundo andar, correndo depois das escadas, logo chegando ao corredor da Biblioteca, entrando na mesma, após perceber que não havia ninguém.
— Droga... — Revirei os olhos de maneira exagerada enquanto caminhava até uma mesa onde me sentei. O chão estava frio e úmido devido a chuva lá fora. Ótimo, eu com certeza não vou ao quarto de Christian, não mesmo.
Mas você quer...
AH TÁ BOM, CHEGA NÉ!?
Você sabe que tem que ir...
—Alguém tira isso da minha cabeça. — Pensei alto demais.
A porta da Biblioteca abre logo atrás de mim, acabei levando um pequeno susto o que me fez pular da mesa, escorregando no chão e caindo.
—Alicia? — A voz rouca de Christian fez todos os pelos do meu corpo se arrepiarem, não sei dizer como, mas nos últimos dias percebi que ele tinha esse efeito sobre mim.
—Eu estou bem! — falei levantando e sentando na cadeira dessa vez. — E..e.. eu estava te procurando. — Gaguejei enquanto mexia freneticamente na barra da blusa do pijama.
— Me Procurando? — Perguntou um pouco desconfiado.
— É, eu não estou entendendo nada do livro e já o li duas vezes. — Disse cruzando os braços e me encostando na cadeira. Christian apenas me olha com a sobrancelha erguida e um sorriso debochado.
— Então quer dizer que as escrituras de Selene são muito complexas pra você? — Ele se aproximou pegando o livro com um sorriso de lado.
—É... E a única fonte confiável além dele é o Herbert, mas ele não está aqui. — Falei ainda o olhando com os olhos estreitos.
—Entendi. E por que não perguntou a sua mãe? — Ele pergunta.
— Ela mentiria para mim em algum ponto, ela sempre foi super protetora. — Reviro os olhos me lembrando de todas as vezes que ela mentira sobre algo dizendo que era para o meu bem.
— Ok. O que você quer saber? — Perguntou fechando o livro, cruzando os braços e se encostando na mesa a minha frente.
—Tudo. Desde o começo.
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Luna Suprema
WerewolfQuem poderia imaginar que personificação perfeita da Lua fosse tão ardilosa? Selene gosta de brincar com o destino de seus filho, gosta de saber até onde eles são capazes, gosta de vê-los agonizarem de angústia e dúvida. Ninguém nunca sabe dos plano...