Annie Pov
Quando acordei meu corpo todo estava dolorido, sentia um ódio descomunal, e uma tristeza que poderia me afundar a uma dimensão que eu nem mesmo fazia ideia. Meus pensamentos giraram para Hannah, será que ela está bem? A única coisa que sei é que não há saídas, e quando vi meu rosto estava encharcado novamente ele tinha dito que jamais deixaria acontecer de novo, ele prometeu. Gradativamente os soluços chegaram e só quando uma lágrima escorreu e não caiu no meu colo notei que estava vestida.
Mesmo com a loucura dele, ele estava preparado, eu vestia roupas femininas extamente do meu tamanho, pensar nisso me fez lembrar da última noite, e as lágrimas desceram com mais intensidade. Saltei daquela cama sentindo nada além de nojo. O pior é que mesmo com o Nash indo atrás da polícia, provavelmente ninguém me acharia. Nunca mais veria o Cameron, e isso apertou tanto meu coração que o soluço foi de dor, nunca mais veria a pessoa que mais amava.
Por algumas horas fiquei encolhida no canto mais afastado da cama possível, só chorando, não me julgue, eu só queria morrer, sem exagero algum, mas Deus não aceitou meu pedido noite passada e como um raio não derrubou o teto e me levou, não atendeu agora da mesma forma. Se controle deve haver uma forma de sair daqui. Fiz o mais óbvio e por mais inacreditável que fosse, a porta estava destrancada. Desci um degrau de cada vez, não poderia ser assim tão fácil.
- Bom dia, meu amor. - quase gritei ao ouvir a voz dele, mas o conhecia o bastante para temer a reação dele a isso. - Você estava dormindo tão linda que eu não quis te acordar. Eu comprei umas coisas.
- Eu não estou com fome, obrigada, Marc. - me forcei a agir no módulo sobrevivência.
- Mas você precisa e eu comprei waffles, são seus favoritos! - Ele argumentou com um sorriso no rosto, eu assenti e peguei o prato que ele me oferecia e me sentei à mesa, ele se sentou ao meu lado e eu fiz de tudo para não transparecer o que me passava pela mente.
- O que você quer fazer hoje?
- Eu quero ligar para Hannah. - disse já me encolhendo.
- Eu não posso te deixar fazer isso, Annie. - ele balançou a cabeça como se estivesse falando com uma criança.
- Eu preciso, Marc, você atirou nela. - eu falei quase chorando.
- Eu precisei, se não você não vinha comigo. - ele franziu o cenho.
- Tudo bem, - eu respirei fundo- Mas agora eu já estou aqui e só quero saber se ela está bem, você pode ouvir.
- Aqui - ele me ofereceu um Iphone com a discagem anônima nele.
Eu peguei o celular e digitei o número dela, já que sabia de cor, por um milagre. Tocou duas vezes, eu via Marc me olhando apreensivo e eu me agarrava a esperança de que ela estaria bem. Mas ninguém atendeu. Eu suspirei da segunda vez que liguei e ninguém atendeu, eu suspirei triste e ele pegou o celular de volta.
- Posso tentar de novo amanhã? - perguntei.
- Amanhã. - ele anuiu. - Quer assistir alguma coisa? A Culpa é das EStrelas? Você adora esse filme.
- Tudo bem. - eu disse sem emoção e me sentei no sofá enquanto ele ajeitava o filme no dvd, eu analisei cada canto que dava a partir da sala, o único aparelho que possibilitaria comunicação era o Iphone que estava no bolso dele.
Enquanto assistia o filme chorei, chorei muito, não por Hazel ou Gus, mas por mim, no fim do filme ele tentou me abraçar e eu reflexivamente me afastei ele franziu o cenho.
- É que meu corpo está dolorido. - disse e não deixava de ser verdade. No fundo eu sabia que Marc não era mal, o psicológico dele que precisa de consertado, mas no momento eu é quem estava sofrendo nas mãos dele.
- Desculpe me serei mais cuidadoso - ele sorriu para mim. - Eu tenho uma coisa para você. - ele se levantou e me trouxe um livro. Sangue do Olimpo.
- Obrigada, Marc.
Quatro dias depois, por um milagre talvez, o meu período chegou, ele não havia tocado em mim por mais que beijos na bochecha e beijos roubados. Agora era a minha real chance de escapar.
- Marc, eu preciso ir à farmácia.
- Por que?
- Porque eu estou menstruada. - eu disse fazendo uma careta.
- Eu esqueci que você tinha isso. - ele falou franzindo o cenho. - Vamos lá.
Sair da casa abriu meus horizontes, ele não dormia comigo passava a noite toda fora, não que isso não me agradasse, mas o fato é que enquanto eu dormia ele comprava os mantimentos e em uma situação como essa... O bilhete estava preparado um pedaço de papel escrito: SOCORRO FUI SEQUESTRADA ELE NÃO É MEU NAMORADO. Junto das informações como o número do Cameron e instruções para dizer que eu era Annie Caroline.
Saímos juntos, nós quase viajamos para chegar até o centro comercial, tinha um wallmart, e algo me dizia que não estávamos tão longe de casa, da minha casa. Ele não saiu do meu lado em momento algum o que me deixava apreensiva até que chegamos ao caixa.
- Marc, - disse segurando para não tremer, eu nunca mais tinha visto a arma, mas vai que. - Eu queria doce, você trás para mim?
- Annie...
- Por favor, meu amor. - disse utilizando toda a minha capacidade de atuação ele sorriu me deu um beijo no lábios e saiu quando eu vi que ele estava distante, me virei para operadora do caixa. Que sorria, mas defez ao ver meu olhar. - Eu preciso da sua ajuda. - passei o papel para ela inspecionando de um lado ao outro. - Não fala nada agora, eu não sei do que ele seria capaz de fazer, meu nome é Annie Caroline Hale, eu namoro o Cameron Dallas.
- Ah sério. - ela disse sorrindo, então eu tirei o boné e a encarei ela arregalou os olhos - Estão todos loucos atrás de você. Desculpe-me.
- Tudo bem, eu só preciso que você avise que eu estou por aqui, lá para o norte, não estou na cidade a casa é um pouco isolada. - ela anuiu e eu soltei o ar que nem notava que segurava. Saber que eles procuravam por mim me deixou feliz, nem tudo estava perdido.
- E o que eu posso fazer para ajudar? - ela perguntou me olhando.
- Que tal passar mais esses doces? - ele disse chegando no exato momento, por um milagre não alguns segundos antes. - Ela come mais doces que uma garotinha. - Ele sorriu e passou o braço ao meu redor. Eu anui para ela em um pedido silencioso que ela ajudasse e ela retribuiu o movimento e sorriu passando todos os produtos.
Eu fui com ele para a casa com uma esperança que quase não cabia dentro de mim, e ele percebeu, eu só fiz parecer que estava feliz por causa de doces, à noite com a desculpa do período consegui me livrar da compainha dele na cama e de qualquer aproximação, mas eu tinha no máximo cinco dias, e enquanto esses cinco dias estiverem por vir eu posso ter esperanças.
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Best Mistake
FanficParei de postar aqui e estou postando na socialspirit.com.br o meu nome de usuário lá é LucyMendes :) " - Eu não confio em ninguém... - Confia em mim..." " - Quando você vai parar de fugir?! - Quando eu encontrar um lugar seguro! ...