Um fio...fio que puxa, fio que une, fio que serpenteia em picos, fios da vida! Ou morte...
Fio que reúne, fio que separa...a vida pode ser vista por um fio ou vivida da mais casual forma de amar ou conhecer um amor com uma vida por um fio.
Esses laç...
Dois dias depois, após chorar tudo o que precisava, Luana se sentia melhor. Claro que ainda sofria pela morte do pai, assim como sofria pela morte da mãe. Aquela era uma dor que jamais passaria, mas ela precisava admitir que após ouvir a gravação do pai ela se sentia melhor. Era, de certa forma, reconfortante saber que, apesar de tudo, a decisão que havia levado à sua morte havia sido dele, e não de Olga.
E era por isso que ela se sentia no dever de pedir desculpas à madrasta.
Kazuo até se ofereceu para ir com ela até a casa de Olga, mas Luana recusou:
— Eu acho que isso é algo que devo fazer sozinha.
E ela foi.
Ao chegar à casa onde seu pai viveu seus últimos dias, deparou-se com uma Olga surpresa.
— Não esperava sua visita.
— Atrapalho? — Perguntou Luana parada à porta. — Queria falar com você, serei breve.
Olga disse que não atrapalhava e pediu que a menina entrasse, com um ligeiro sorriso nos lábios. Ofereceu uma água a ela, que aceitou, e as duas se sentaram à mesa da cozinha, uma de frente para outra.
Não foi fácil para Luana pedir desculpas para ela. Havia ensaiado várias vezes em casa antes de ir falar com Olga, e nunca parecia encontrar as palavras certas.
Por que pedir desculpas era algo tão difícil?
Por fim, após tomar um copo cheio de água, Luana começou a falar:
— Olga, eu sinto muito por tê-la culpado pela morte do meu pai.
— Você finalmente ouviu a gravação.
Luana assentiu. E contou brevemente sobre ter demorado para encontrar a fita e sobre como foi doloroso para ela ouvir aquelas palavras dele.
— Mas eu precisava me desculpar com você pelo modo como a tratei. Meu pai teria ficado envergonhado se estivesse aqui.
Olga colocou a mão sobre a de Luana em cima da mesa.
— Eu não queria que ele tivesse feito isso, mas ele estava decidido.
— Ter respeitado essa decisão mostra o quanto você gostava dele. Obrigada por isso, e mais uma vez, me desculpe.
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Ooooi!
Esse capítulo dá um quentinho no coração da gente, né? Vocês também sentiram isso?
Esse é o nosso último capitulo, MAS CALMA que ainda tem o epílogo. Então nos encontraremos nesse mesmo batlocal ainda amanhã, hein!
