Breakerbody | Corbyn Besson

022

→MELANIE W.

Vi a porta se abrir e Corbyn passar por ali meio apressado e abrir um sorriso ao me ver. Parecia até que aquele dia chuvoso tinha se tornado ensolarado, embora eu odiasse muito sol.

- Desculpe o atraso. - Fala se aproximando e beijando minha bochecha, logo sorrindo e me estendendo uma caixinha preta. - É para você.

Pego a mesma e abro, vendo que se tratava de um colar com um pingente chamado "pingo de luz". Era lindo.

- Minha nossa...- Murmuro impressionada com o mesmo e sorrio. - Eu amei.

- Que bom. - Fala parecendo respirar aliviado. - Achei que não ia gostar.

- Você tem bom gosto. - Falo sorrindo grande. - Obrigada, Corbyn. Muito obrigada mesmo.

- De nada. - Fala e beija minha bochecha. - Então...O que você vai querer?

- Que você experimente minha bebida quente favorita. A Hadley já está fazendo e daqui a pouco vai trazer.  - Falo sorrindo grande. - Ela nunca me diz a receita.

- Estou ansioso. - Diz e se ajeita em frente à mim. - Como está o braço? Será que vai demorar para voltar ao normal?

- Acho que não. - Digo dando de ombros. - Como você está?

- Sinceramente? De saco cheio. - Ele murmura e suspira. - Muita pressão para cima de mim e eu odeio isso.

- Não posso dizer que entendo. Porque seu tipo de pressão é diferente. - Falo e ele dá um meio sorriso. - Mas...Por que não tira férias?

- Não tenho esse luxo. - Fala e bufa. - O Jon me envolve em cada coisa cansativa. Contratos que não valem a pena e que me deixam desgastados.

- Corbyn, não é estranho que me diga isso?! Quer dizer...Eu sou uma fã. - Murmuro e ele me encara por segundos.

- Algo me diz que eu posso confiar em você. - Fala e acaba sorrindo. - Aliás, se não pudesse, iria saber. Você divulgaria nossas conversas para o mundo todo.

- Eu não faria isso nunca. - Falo incrédula. - Seria burrice e eu te complicaria. Então pode descartar isso.

- Tenho uma boa intuição sobre as pessoas. - Fala sorrindo e pisca para mim.

- Uh...Então, sobre os contratos e as coisas que Jon te envolve...Você pode rejeitar. Sua saúde mental fica em primeiro lugar. - Falo como se fosse óbvio. - Não pode se submeter à certas coisas só porque alguém diz que vai te fazer crescer mundialmente. Mas e como você fica?!

- Você quer ser minha psicóloga? - Ele fala brincando e nós rimos. - Tudo bem, Mel. Eu sei que você tem razão. Posso te chamar de Mel, não posso?!

- Sim. De amor da sua vida também. - Falo no impulso e arregalo os olhos logo corando e encostando a testa na mesa. - Desculpa. Péssima brincadeira.

- Não, tudo bem. - Fala e ri enquanto eu levanto o olhar para si. - Então, amor da minha vida, você tem feito o quê?!

- Você me dá um minuto?! - Falo nervosa e sentindo minha testa começar a transpirar junto às minhas mãos. - Vou ao banheiro.

Dito isso saio disparada até lá e fecho a porta, começando a soltar gritinhos baixos e histéricos.