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MELANIE W.


Ainda estava no hospital. Jack tinha vindo me visitar e trouxe até presente para o bebê. Mas a verdade era que eu não estava feliz. Não queria ter filho a essa idade e estava com a consciência pesada por não ter sido mais responsável.

Vejo Hadley entrar pela porta e forço um sorriso. Ela tinha demorado até demais para vir até aqui.

Vejo a mesma deixar uma sacola na mesinha dali e ir até o bebê, que dormia no berçário.  Ela coloca um pouco de álcool nas mãos e esfrega, logo pegando aquela criança.

-  Sei que agi feito idiota, mas não precisa me dar silêncio. - falo e ela me olha incrédula. - Está sendo infantil.

- E eu achando que você tinha mudado. - ela fala rindo irônica.

Reviro os olhos e nego com a cabeça, vendo a mesma balançando Matthew no colo.

- Não preciso mudar só porque alguém está incomodada com meu comportamento. - falo e na mesma hora ela coloca o bebê no berçário.

- Quer saber, Melanie?! Foda-se isso tudo. Eu só espero que essa criança tenha uma vida muito boa e feliz. - ela diz e sai da sala antes que eu responda.

Grande cretina.

Bufo e solto um grunhido, me levantando e indo até a janela do hospital. Eu só queria liberdade, mas não seria possível agora com um bebê no meu pé.

Arrependimento. Era isso que eu sentia. Se eu pudesse voltar no tempo, faria tudo diferente.

Pisco algumas vezes quando uma ideia surge em minha mente e só então molho os lábios. Só havia um jeito de ser livre.

O pai do bebê tinha uma boa condição financeira. Ele podia bem dar conta do seu filho, afinal não fiz com o dedo e colocá-lo no mundo já custou muito do meu suor.

Molho os lábios decidida a fazer aquilo. E só então mando uma mensagem para Corbyn diretamente do meu celular.

" Acho que você vai ser um bom pai. Então é isso. Fique com ele e dê uma boa vida. Eu nunca quis ser mãe e não vou conseguir fingir por muito tempo. Adeus. Não me procure e sejam felizes."

Tiro a agulha da minha veia e olho o bebê mais uma vez, que dormia quietinho no lugar dele. Isso não era para mim e eu não queria a experiência.

Nego com a cabeça e abro a porta de entrada do quarto, saindo dali nas pontas dos pés e logo estando do lado de fora. Era minha hora de viver. E ninguém iria me impedir.


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é o penúltimo KKKKKKK



Breakerbody | Corbyn BessonOnde histórias criam vida. Descubra agora