Gustavo
Olho para meu pai parado na porta do quarto e seu semblante era de quem havia visto fantasmas, mas no instante seguinte vejo seu sorriso de abrir e ele caminhar para mais perto da cama.
Olho para meu anjo e ele me olha de volta, não sei por que, mas aquele olhar me fez derreter todo por dentro acabei me esquecendo do meu pai parado ali na nossa frente.
Volto meu olhar para ele que se aproxima ainda mais. Ele olha para o homem ao meu lado e fala diretamente com ele.
— Olá! Sou Hector, pai desse mal educado aqui. — ele diz apontando para mim e o olho com incredulidade, e ele descaradamente pisca um olho para mim. E naquele momento percebo que meu pai está aqui por mim, por nós dois e meu coração se enche de orgulho.
Marcelo olha pra ele e dá uma risada gostosa, daquelas que prendem sua alma no momento. Ele estica a mão para meu pai e a recebe de imediato.
— Bom, eu não sei meu nome verdadeiro, mas o bonitão aqui me chama de Marcelo, então pode me chamar também e o prazer é todo meu por conhecê-lo. Meu pai dá um dos seus famosos sorrisos de canto de boca.
— Sem o senhor, por favor, sou muito novo, só Hector. — Mas me diz, vocês ja se entenderam? — Meu pai pergunta e eu sinto Marcelo travar ao meu lado, e confesso que também sei uma travada, mas se meunpainesta aqui é porque ele não será contra o que sentimos.
— Já sim pai. — respondo, compartilhamos o mesmo sentimento, mas ainda não sabemos como vamos fazer isso funcionar, já que o senhor interrompeu. Vejo seu olhar mudar e isso me faz pensar.
— O que foi pai? — pergunto e ele olha para o Marcelo, era estranho o modo como o fez.
— O que aconteceu aqui no quarto mais cedo? Eu preciso que você me conte tudo. — Ele fala e espera paciente a resposta.
Viro meu corpo para ele e o incentivo a falar. Ele engole seco e posso sentir o nervosismo em cada palavra que são da sua boca enquanto ele conta todo o acontecimento. Ele termina de falar e as lágrimas de um choro forte insistem em cair, sinto seu desespero em cada uma delas.
Sento ao seu lado na cama e ele me abraça forte, como se estivesse com medo de que eu fosse fugir. Olho para meu pai e seu que tem mais por trás da suas perguntas, ele é um homem acostumado com ameaças por causa da sua profissão, e posso notar seu sensor de alerta ligado, e isso pode ser um grande problema.
— Como o senhor sabia? — pergunto e ele se encosta na parede do quarto.
— Marcus viu nas câmera a de segurança, mas infelizmente não temos um rosto, somente sabemos que é alguém da minha idade, pela barba grisalha, que foi tudo que vimos dele. Estou aqui para resolvermos de que forma vamos cuidar desse assunto. — Ele pergunta e vejo a ansiedade em seus olhos por quer saber a nossa opinião.
— Da forma que o senhor achar melhor, mas acredito que sem a polícia vai ser melhor. Eu não confio naquele detetive que esteve cuidando do caso dele. — falo e vejo meu anjo concordar comigo. Ele não me passa confiança de forma alguma vou colocar a vida do Marcelo em risco. — vejo meu pai concordar comigo.
— Mas precisamos mantê-lo seguro enquanto ele estiver aqui dentro, porque se entrou uma vez, vai entrar de novo. Infelizmente não podemos controlar a entrada das pessoas aqui.
Sinto Marcelo estremecer nos meus braços, e tudo que posso fazer é confortá-lo. Este é nosso primeiro abraço e nem pude apreciar o gesto, pois sei que meu amor está apavorado com a simples possibilidade deste home m voltar. Ele está tão apavorado que nem se deu conta de que está em meus braços, o aperto mais com o intuito de passar proteção, quero protegê-lo de todo mal do mundo, mas sei que isso não é possível.
Vejo meu pai dar um passo em nossa direção e tocar o ombro livre de Maecelo, que olha para ele.
— Meu filho te escolheu, não sei quais foram as suas razões, mas eu vou apoiá-los e fazer de tudo ao meu alcance para mantê-los seguros. Então não se preocupe com isso, apenas se recupere. — Meu pai falou e tocou em meu ombro e saiu prometendo que conversariamos mais tarde.
Volto minha atenção para aquele pequeno corpo colado ao meu e sinto a tensão do momento se dissipando, mas quando ele percebe onde está se afasta de mim em um sobressalto.
— Me desculpa, eu não queria ter feito isso. — Ele fala e essa palavras fazem meu coração doer um pouquinho, mas no fundo eu sei que ele só está com muita vergonha, pois está mais vermelho que pimentão.
— Não se preocupe, fui eu quem te abraçou primeiro. — Falo e me levanto indo em direção ao banheiro, preciso me refrescar ou então vou fazer o que não devo ainda.
Quando saio do banheiro, encontro um enfermeiro aplicando algumas medicações em Marcelo e quando ele termina o que está faxendo, ele leva um susto ao me ver parado do seu lado. Vejo meu anjo dar um pequeno sorriso achando graça da situação. O enfermeiro diz algo que não compreendo muito bem e sai do quarto.
Olho novamente para meu anjo e ele sorri abertamente, é tão bom ver esse sorriso que esperei cinco anos para conhecer.
— Você assustou o pobre homem. E realmente não entendo o porquê de toda aquela reação exagerada do cara, mas deixo pra lá. Volto a olhar para Marcelo, que se vira de lado, para não ter que me encarar e sinto que já é hora de ir embora.
Não quero causar desconforto a ele e sei que a essa altura, meu pai e Marcus já tem toda a segurança dele esquematizada. Olho para o relógio em meu pulso e vejo marcando quase uma da manhã, vou até a cadeira que estão meus pertences e pego meu jaleco e maleta e volto a me aproximar dele.
— Eu vou deixá-lo descansar, mas volto amanhã cedo, antes do meu plantão começar. — Falo e espero que ele me confirme que entendeu, mas como não tenho essa confirmação, me aproximo e deixo um beijo em sua testa. Quando me viro para sair, sinto sua mão segurar meu braço.
1072 palavras
E aí? Gostaram? Espero que sim.
Beijos StramberyBlack💕💕
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Entre o Passado e o Presente ( história LGBT )
Любовные романыEsta história contém conteúdo LGBT. Se você não gosta não entre. Gustavo é um médico super empenhado na cura de seus pacientes, mas que por vários motivos não se envolve com ninguém há anos. Um dia ele se vê atraído por um jovem que deu entrad...