XXXVI - Começar de novo

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                                 Matheus

       Sabe quando você para no tempo e mais nada importa além do que você sabe que precisa fazer? Pois é exatamente isso que está me afligido agora.

       Todos já estão deitados, nossa casa ainda está cheia de amigos que eu nunca na melhor das hipóteses eu pensei reencontrar, mas que o destino se incumbiu de me trazer de volta e eu só tenho a agradecer. Nossa festa foi incrível, todos ficamos encantados pelos esforços da minha mãe e da Bárbara em transformar um simples Natal no evento do século para cada um que esteve presente, mas o que mais me deixou feliz foi o presente do meu pai, apesar de minha aliança ser perfeita.

       Com aquele presente podemos começar de novo, do zero em um lugar que não nos traga tanto sofrimento, mas aí eu fico pensando em como vou ter coragem de largar meus pais e sogros para trás e isso me deixa confuso já que se eu pudesse estaria longe daqui agora mesmo, sendo essa a vontade do meu coração.

       — O que esta cabecinha tanto pensa? — Ouço Gustavo perguntar me tirando dos meus pensamentos.

       — Estou pensando em como meu noivo é um homem lindo e o quanto eu o desejo nesse momento. — Digo e vejo Gustavo abrir um pequeno sorriso sem vergonha.

       — Você sabe que isso é muita maldade de sua parte, não sabe?— Ele pergunta e eu sei que sim, já que ele está com os pulsos machucados, o que o impossibilita de me tocar direito.

       — Será que isso é realmente um problema? Você não tem suas mãos no momento e eu não tenho minhas pernas em sua melhor forma, mas eu acho que consiguimos. — Digo e ele fica me olhando incrédulo, mas eu realmente preciso estar com ele.

       — Amor, não faz essa carinha porque aí eu não resisto.
— Ele diz já chegando mais perto da minha boca.

       — Cala boca e me beija. — Digo e sinto seus lábios nos meus em um beijo calmo. Ele explora toda minha boca com sua língua e posso sentir o gosto de menta que vai acendendo meu corpo ainda mais, vou parando o beijo devagar e deixo um selinho em seu queixo.

       — Amor, deita na cama. — Digo e ele faz o que peço sem questionar.

       — Você trancou a porta? Não queremos uma mocinha vendo o que não deve. — Pergunto e quando tenho certeza que não seremos interrompidos continuo com meu plano de deixá-lo nú.

       Devagar vou desabotoando botão por botão de sua camisa social azul, em momento algum desconecto meu olhar do dele. Quando chego ao último botão Gustavo já está ofegando em expectativa, mas eu não faço nada, tiro sua blusa sem encostar muito nele e assim que é feito eu vou para sua calça, abro o botão e desço bem devagar o zíper encostando meus dedos em seu pau por cima da cueca, o que me faz incendiar também. Abaixo sua calça e a tiro deixando Gustavo apenas com uma cueca box preta.

       Me ajoelho na cama e faço o mesmo comigo, ele me olha como se estivesse vendo um doce muito saboroso e eu gosto de como sou desejado por esse homem. Fico apenas de cueca por alguns segundos, mas logo a tiro, ficando totalmente nu, posso sentir ele prender a respiração e sei que se ele pudesse já teria me tocado a muito tempo, mas esse jogo de não poder tocar está me deixando com muito mais tesão do que pensei ser possível.

       — Você está querendo me matar? É isso? — Ele pergunta é eu afirmo com a cabeça.

       — Hoje eu comando. — Digo abrindo um sorriso de lado e vejo o sorriso dele crescer também.

       Coloco minhas mãos em suas pernas e vagarosamente vou subindo, traçando seu corpo como se eu fosse decorá-lo. Me coloco entre suas pernas e quando minhas mãos param no cós de sua cueca ele ofega novamente em antecipação, tiro bem devagar e vejo seu pau pular duro como rocha e já com pré sêmen escorrendo.

Entre o Passado e o Presente ( história LGBT ) Onde histórias criam vida. Descubra agora