Nine

43 9 16
                                    

A fúria de Patrick

A fúria de Patrick

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Tommy narrando:

30 minutos antes do capítulo anterior:

- Tommy, acho que o Patrick vai arrebentar a cara de um por um de quem assinou o jornal. - Artur me alerta enquanto estávamos chegando no nosso armário para guardar a mochila.

- Ele perdeu a moral depois que minha prima lhe deu uma surra, acho que até você pode acabar com ele se quiser. - digo o encorajando e dando um soquinhos em sua barriga.

- Sério? - ele demonstra aquele sorriso bobo todo emocionado.

Quando eu ia lhe responder uma garota toca em meu ombro, meu coração bate forte e meus olhos se estremecem.

- Oi garotos, gostaria de saber se por acaso vocês estão interessados em se inscrever no teatro do colégio?

- Ah... - porque não consigo responder, minha respiração fica ofegante. - De-pende dos horários, pois tenho uma competição de ciências. - digo coçando a nuca tentando não transpirar pelas axilas.

- Tudo bem, precisamos de três personagens para o papel, caso mude de ideia só me procurar. - ela exibe aquele sorriso tão belo que não me canso de olhar, as vezes fico bravo pelo fato de meus pais não terem me fabricado antes.

Observo ela indo para seu armário e percebo sua dificuldade em abrir a trava com sua chaves. Tento me aproximar porém fico tímido.

- Vai lá amigão. - Artur me encoraja me empurrando com seu cotovelo.
Aproximo de mansinho e sem querer assusta-la e tento perguntar o que está acontecendo.

- O-oi, percebi que está difícil aí, não que eu fique te xeretando, é que talvez eu possa ajudá-la, mas claro só se você quiser.

- Meu cadeado travou, terei que pedir para quebrar ele, tem alguma ideia melhor?

- Só um momento. - levantei meu indicador para cima e abri minha bolsa.

A vantagem de ser nerd é que esses probleminhas como trava ou problemas mecânicos são fichinha para nós, não enxergamos como um bicho de sete cabeças como uma pessoa comum.

Peguei minha bola de beisebol, fiz um furinho simples deixando o ar escapar um pouco e impusionei em sua chave forçando as travas do cadeado subir e puxei liberando seu armário.

- Nossa, isto foi impressionante. - ela fica admirada. - Onde aprendeu tudo isto?

- Adoro física, leis da gravidade, talvez você odeie. - respondi todo orgulhoso pelo feito ao lado do meu amigo.

- Não me identifico muito. - ela ri, porém fico desanimado. - De que turma você é?

- Primeiro ano. - digo com um semblante abatido.

- Ah, você é o primo da garota que causou polêmica no jornal? - sacudi a cabeça afirmando. - Me chamo Dominic, caso mude de ideia referente ao teatro, sabe onde me encontrar. - ela sugere empinando o nariz, com aquela postura duquesa.

Ela virá as costas e me deixa paralisado sem reação, espero que a idade não seja problema para Dominic, pois eu sou muito apaixonado por ela e acabei de ter a maior chance da minha vida.

- Tommy, olha ali. - Arthur aponta para outro corredor.

Corremos para ver o que estava acontecendo e vejo Patrick com sua turma de mais ou menos uns três valentões chutando a mochila de dois garotos e espalhando cadernos e livros dos garotos para o alto. Já não bastasse isto, ele pega o lixo onde a turma joga o resto de comidas e despeja em cima dos mesmo, porém só escuto a voz do valentão os afrontando.

- ISTO É POR VOCÊS ASSINAREM A PORRA DO JORNAL SEUS MERDINHAS DE LIXO!! VOU PEGAR UM POR UM.

De repente nossos olhares se cruzam, ele me encara vindo em nossa direção apressadamente.

- Corre Arthur, vamos pro banheiro.

Disparamos em largada pelos corredores trombando em tudo que é tipo de gente, o medo por estar em desvantagem nos fez correr feito uma corsa.

- Volte aqui seus fracassados de merda, vou arrebentar sua cara seu nerd e seu rolha de poço!!

Entramos no banheiro e trancamos a porta, respiramos aliviado, essa foi por pouco. Não demorou muito para que nós ouvisse seus chutes na tentativa de arrombar a porta, porém eu tinha certeza que ele não abriria.

Para nosso azar, escuto uma descarga na privada, tinha uma pessoa no banheiro, e óbvio que esta pessoa iria querer sair pois não tinha nada ver com o meu problema.

- Por favor fique no banheiro, não saia, tem uns valentões lá fora querendo nos matar. - implorei para o garoto mas ele nem deu bola.

- Quem disse que isso é problema meu? - ele responde abrindo a porta.

Era meu fim, todos entram para testemunhar minha morte, ou seja, meu massacre.

- Ora ora, os bichinhas estão em três, desculpe interromper este momento tão íntimo. - ele pega pela gola do garoto que abriu a porta.

- Pare, eu não tenho nada haver, me libera... - o garoto começa a chorar e me olha desesperado. - fala pra ele que não sei de nada!! não quero apanhar a toa.

- Ajuda ele Tommy. - Artur fica comovido.

- Quem disse que isso é problema meu? - respondi na mesma moeda olhando nos olhos do garoto.

Patrick solta um sorriso enfiando a cabeça do garoto na privada no qual estava a dias sem usar a descarga e entupida. Para nós amedrontar mais do que estávamos assustados, ele puxa a descarga forçando o garoto a engolir água sanitária.

- Farei bem pior com vocês, isto por ter assinado aquela droga do jornal, e também porque vi você conversando com minha prima, fique longe dela seu fracassado!!  ela não merece um cara como você. - fico sem reação sentindo seu dedo quase apontando para meu rosto.

- Sim, eu vou ficar longe dela, mas por favor, nos deixa em paz só por hoje, prometo jogar aquele jornal fora.

- É... escuta ele... - Artur incentiva.

- Ninguém pediu sua opinião seu barriga de balão!! - Patrick grita esbravejante. - Você tá liberado Tommy, mas seu amiguinho balofo vai sofre no seu lugar, como lição de que nunca devem me subestimar.

- Eu não vou deixar ele aqui sozinho com vocês. - respondo sério.

Patrick ri debochado e acena para seus colegas.

- Vamos dar uma lição nesses dois...

Cruzei meus dedos, fiz mil e uma promessa para Deus caso saísse vivo dali até que escuto alguns passos entrando no banheiro, louvado seja Deus, espero que seja um diretor.

- Soltem esses dois Patrick. - olhei para ver quem era meu herói ou sei lá quem seja o louco, era o Yuki.

- E porque diabos eu te obedeceria? - Patrick se aproxima do Yuki. - Você veio sozinho?

- Na verdade não, trouxe uma companhia.

Foi aí que havistei minha prima entrando com um taco de beisebol mascando chiclete bem séria encarando os valentões.

Adoro ela, sabia que Chelsea viria me ajudar, é isto que uma equipe faz...

Ou seja, a família faz...

Continua...

Uma Garota (nada comum)Onde histórias criam vida. Descubra agora