Uma lembrança.
"Escuto uma voz...
- Eles são perfeitos...
Eu abro os olhos pela primeira vez. Eu nasci. Um homem jovem se aproxima de mim.
- Você e seu irmão são tão perfeitos. - ele diz emocionado.
- Quem é você?
- Sou seu pai.
- Pai?
- Sim.
- Hum...pai. - olho ao meu redor e vejo que estou nua numa cápsula, ligada por alguns tubos, a uma cicatriz no meu braço direito.
- Não se preocupe. - ele fala percebendo meu olhar. - Foi apenas uma pequena falha no seu processo de formação. Você é tão perfeita.
- Quem eu sou?
- Você é a KL1. - percebi um tom de tristeza em sua voz.
Aquele era o meu nome. Algo que,mal sabia eu,que o usaria para o mal."
A lembrança muda.
"Estou sendo treinada para matar. Desde do dia em que nasci estou passando por testes e treinamentos assim como meu irmão.
- Por quê? - pergunto para um comandante que via meu treinamento junto com um outro biônico.
- Porque o quê,KL1?
- Por quê devo matar?
- Por que essa é sua missão e não deve questionar. - diz ríspido
- E se eu não a cumprir?
- Pagará. Agora saberemos se você está pronta ou não. Tragam!
Um humano com seus trinta anos,estava arranhado, machucado e sujo de sangue. Ele foi ajoelhado perto de mim e seus olhos pediam por clemência.
- Por favor... - estava fraco. - por favor não me mate...
Eu apontei a katana para sua garganta.
- Por favor... - olhei fundo e seus olhos.
Levantei a katana para desferir o golpe. Seus olhos estavam cheios de dor e lágrimas. Mas então cravei a Katana no chão.
- Desculpe senhor mas não posso fazer isso.
Sua mão acertou meu rosto. Eu porém permaneci firme.
- Se não vai fazer isso você vai pagar então. DB8 traga ela.
O biônico se aproxima de mim e por impulso me afasto.
- Eu posso ir sozinha,DB8.
- Eu sei que pode mas é mais divertido assim, KL1. Por favor me chame pelo meu nome humano é Victor já que você tem tanta paixão por esses humanos. - há desprezo em sua voz.
Ele me arrasta até uma sala onde uma única lâmpada ilumina o ambiente. Sinto uma picada em meu braço e derrepente meu corpo dormente e caindo no chão.
- Você foi criada para matar,KL1 e se não pode fazer isso acho que sei no que pode servir. - diz colocando uma seringa especial na mesa. - Não se preocupe Victor e eu vamos nos divertir com você.
Não consigo me mexer. Não posso me defender. O que vai acontecer? Eles arrancam a roupa do meu corpo e vejo seus sorrisos perversos surgir. Victor começa a passar a mão no meu corpo e tudo que posso sentir é repulsa dele e do comandante que apenas olha. "Pare de tocar em mim." penso um pouco desesperada. Tento gritar algo mas só sai grunhidos da minha boca.
- Shi,fique quieta,não grite e nem se mova. Fique apenas quieta e no final tenho certeza que você vai gostar. - Ele abre minhas pernas. - Deixe me ser o primeiro.
Não,não,não faça isso! Tento gritar desesperada.
Sinto ele entrar sem sentir pena alguma. Um dor percorre todo o meu corpo. Pare! Tento me mexer mais é em vão. Ele vai se aproveitando de todo o meu corpo. Como deixei isso acontecer? Tudo que sinto é repulsa, raiva e uma vontade sedenta de vingança. Alí deitada naquele chão sendo estrupada por eles prometi a mim mesma uma coisa: jamais deixarei isso acontecer de novo. Eu matarei um por um que queira tentar. Eles querem que eu mate? Pois bem farei isso sem coração nenhum. Foi alí bem alí que decide mostrar quem realmente era a KL1.A cair da noite decido fazer uma pequena visita ao quarto desse mesmo comandante. Ele se assusta ao me ver lá. Eu estava mudada física e psicologicamente.
- O que faz aqui,KL1?
Apenas cravo a Katana em seu peito.
- Você disse que fui criada para matar. - agora sou eu que sorriu perversa.
Ele tenta dizer algo mais o impeço cortando logo sua garganta. E depois decido ver o Victor mas parece que ele já estava me esperando.
- Veio aqui para me matar não foi? - ele diz relaxado.
- Talvez.
- Que pena achei que tinha gostado do que aconteceu. - finge decepção.
Derrepente ele avança contra mim mas no piscar de olhos humanos eu me desvio e cravo a katana no seu ombro.
- Não eu não vim te matar. - digo maliciosa. - Só apenas deixar ferido.
- Eu sou biônico isso vai se curar. Ops acho que a filha do Mayhem não é inteligente como o pai. - zomba.
- Você se engana. Minha Katana está coberta de um certo veneno para nós biônicos. É um tipo de vírus especial sabe? Ele é capaz de fazer com que a gente não se regenere talvez deixe só ter uma cicatriz. - eu arrasto minha katana até perto do seu peito e vejo contorcendo de dor. - Mas acredite ele é doloroso o suficiente para qualquer um de nós. Ah e o mais importante ele vai te dá algumas limitações.
- Sua...vadia... - vejo cuspir sangue.
- Shi fique quieto,não se mexa e nem grite. - rebato maldosa.
Ele começa a ter convulsões. O vírus não vai matar-lo mas ele vai querer estar morto. Agora sim.
- Espero que aprenda a não mexer comigo. Pois eu sou a KL1."
Mais uma memória.
"Estou numa sala com meu irmão, alguns biônicos e generais estamos discutindo o nosso próximo ataque. Me tornei a biônica mais sanguinária e assina de todas junto com o meu irmão. Ninguém, fosse humano ou biônico, ousaria nos desafiar.
- KL1 e HK2 vocês iram se infiltrar e abrir caminho para os demais. - o general diz apontando para o mapa digital.
- Certo. - dizemos juntos.
- Se preparem.
Meu irmão e eu estamos escolhendo os equipamentos necessários para essa missão. Quando o mesmo general que nos deu o comando entra.
- KL1 e HK2.
- Sim,senhor? - falamos
- Quero que conheçam uma pessoa.
Um homem gordo com uma enorme barba muito bem cuidada entra.
- Esse é o senhor Bonanza. Ele que fábrica todos os equipamentos e gostaria de saber se vocês precisam de algo ou melhorar algo.
Meu irmão e eu nos entre olhamos.
- Não preciso. - digo fria.
- Eu também não.
- Tem certeza? - pergunta Bonanza. - Posso melhorar sua Katana. - ele tenta tocar nela mas não o permito.
- Sim. Posso melhora ela sozinha,humano. - meu olhar fica duro
- Ok, você que sabe. Mas caso mude de ideia estarei aqui quando precisar. Ah e pode me chamar de Lobo.
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Sou uma Biônica
Science Fiction" Eu sou você. Eu sou eu. O eco que não se previo. Não sou uma sombra, mas pensando bem talvez eu seja a sua sombra. " Essa é um dos meus trechos favoritos de um livro pois de certa forma descreve como me sinto. Há muito tempo fui um projeto secreto...