Segunda Chance (Tradução)

Capítulo 24: Dany Winterfell (Presente)

O Muro se foi.

Nem importa como ele fez desta vez, mas o Rei da Noite derrubou o Muro e ele está a caminho. Eles são tão preparados quanto podem ser. Aegon havia fixado suas táticas, tendo aprendido o quão mal haviam se estabelecido em suas vidas passadas e se adaptado aos números maiores que agora possuem. Faltam apenas algumas horas para os mortos chegarem. As orações estão sendo ditas, as palavras finais estão sendo trocadas, os momentos entre amigos e familiares estão sendo compartilhados e as refeições finais estão sendo consumidas.

Ela estremece quando o ar frio a atinge, enquanto ela fica no quartel de Winterfell olhando para a escuridão do horizonte do norte. Ela não pode deixar de lembrar as chamas de seus Dothraki sendo apagados por uma parede de mortos que apareceu naquele horizonte. A esmagadora nuvem de neve e vento que os havia engolido e impossibilitado de voar para ela e Aegon. Ela solta um suspiro trêmulo enquanto tenta manter alguma esperança viva dentro dela.

Ela ouve alguns passos se aproximando e parando ao lado dela.

"Eu estive procurando por você", ela ouve a voz de sua amada dizer, mas continua olhando para o horizonte.

"Eu queria que você passasse algum tempo com Arya e Bran", diz ela, sentindo-o entrelaçar as mãos.

"Eu me despedi deles, mas preciso passar esse tempo com você", ele diz, puxando-a levemente na mão para fazê-la se virar para olhá-lo.

Ela vê os olhos dele cheios de medo e emoção que, com certeza, se refletem nos seus. Ele acaricia sua bochecha e ela se inclina para a mão enluvada dele, fechando os olhos para apreciar sua pequena demonstração de carinho.

"Eu te amo", ela sussurra para ele, abrindo os olhos para olhá-lo novamente. Ele se inclina para beijá-la, primeiro suavemente antes de puxá-la para pressioná-la contra seu corpo.

Ela precisa disso, eles precisam disso.

Ele a estava ignorando em sua última vida, atormentado com o conhecimento de sua verdadeira paternidade de que eles não tiveram a oportunidade de realmente considerar que esses poderiam ter sido seus últimos momentos juntos. Ela sente os puxões no casaco e as mãos se movem inconscientemente em direção ao cinto dele.

Ela estremece novamente e eles são lembrados de que estão do lado de fora, e isso não pode ser feito aqui.

Antes que ela possa dizer uma palavra, ele a pega e a leva pelo quartel e em direção ao interior do castelo. Eles não se importam que haja outros assistindo suas ações e ignoram os gritos e assobios que os soldados soltam ao ver seu rei carregando sua rainha. Quando eles entram no castelo, ela vê Arya arrastando Gendry para seus aposentos, provavelmente com o mesmo objetivo em mente e ela não pode deixar de sorrir sabendo que sua boa irmã pode encontrar alguma felicidade no final de tudo isso.

Ela não tem a oportunidade de pensar muito no jovem casal antes de o marido bater a porta do quarto e levá-la além do limiar. Ele começa a beijá-la novamente, fechando a porta com o pé. Não é até ouvir a batida da porta que ele praticamente a deixa cair sem interromper o beijo. Suas mãos estão tão desesperadas quanto as dela, rasgando as roupas que ela está vestindo e fazendo o mesmo com as dele. Garra Longa cai ruidosamente, mas nenhum deles se importa quando voltam para a cama.

A primeira vez deles é desesperada.

Fome e desespero de estar um com o outro dirigindo suas ações. É difícil, difícil, e ela tem certeza de que deixou arranhões no peito e nas costas do marido, primeiro enquanto o montava, depois quando ele os sacudiu e bateu nela.

A segunda vez, no entanto, é lenta e amorosa.

Eles se entreolharam, memorizando todos os aspectos de seus rostos como se não tivessem feito isso antes, apenas quebrando o olhar para dar um ao outro beijos carinhosos. O olhar no rosto de sua amada a lembrou da primeira vez naquele barco em direção a White Harbor, cheio de amor e descrença. Os movimentos dele eram deliberados e profundos, arrastando o prazer deles e moldando o corpo dela à vontade dele. Nenhum deles perseguiu seu fim, querendo prolongar o tempo juntos o máximo possível.