Primeiro episódio da série "Monstros que me perseguem"
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Os sons de uma coruja piando e insetos voando foram as primeiras coisas que ouvi.
Em seguida, senti uma leve brisa passar por mim e notei o quanto o chão estava úmido e frio.
Percebi que não estava mais em meu quarto.
Então, lentamente, fui abrindo os olhos.
Não consegui distinguir muitas coisas, estava escuro demais, havia apenas a iluminação fraca da lua cheia. No entanto, deu para reparar que eu estava em uma floresta.
Mas...por que estou aqui?
Onde estão meus pais?
O que fizeram comigo?
Lenvantei-me às pressas enquanto olhava ao redor, tentando reconhecer o local.
Observando com mais atenção, notei que as árvores eram longas e cheias de galhos que, por sua vez, estavam repletos de folhas. Além disso, a grama não era muito alta e havia também alguns morcegos voando de um lado para o outro.
Era um matagal bem denso, mal se podia ver o céu.
E eu não fazia a menor ideia de onde eu estava.
Repentinamente, ouço um grito estridente.
Viro-me na direção contrária, sentindo meu corpo arrepiar-se por completo.
Foi então que avistei aquela...coisa.
Ela era alta, com braços longos e grossos, aparentando um ser humano um pouco deformado. Seu corpo era coberto por pêlos compridos e escuros, enquanto os olhos eram alaranjados e os dentes, todos tortos e afiados. Em sua cabeça, encontravam-se um par de chifres, idênticos aos de um cervo, e um manto de folhas secas, que lhe servia como uma espécie de capuz.
Porém, sua aparência não era o fato mais assustador.
O pior era a cor de seus pêlos mesclarem, quase por inteiro, com a escuridão, tornando-a uma sombra ambulante.
Ela poderia adquirir qualquer forma naquela floresta enegrecida.
E através do sangue pingando de suas mãos, percebi que a primeira vítima já tinha sido capturada.
Enquanto em uma mão estava a cabeça, na outra o monstro apertava o corpo sem vida da mulher.
Olhar para aquelas mechas loiras ensanguentadas e para o rosto desprovido dos mesmos olhos verdes que eu tinha...foi como levar uma facada no peito.
Ver minha mãe naquele estado me fez correr para longe dali no mesmo instante.
O pânico já havia dominado minha mente, enquanto a tristeza tinha tomado lugar no meu peito. Apenas após alguns segundos que eu reparei que já estava derramando lágrimas.
De repente, o vento começou a vir na minha direção, ficando cada vez mais forte.
Pude sentir que aquilo estava atrás de mim.
Subitamente, uma sombra apareceu há alguns metros em minha frente. Ela tinha o formato de um homem alto e robusto.
Em questão de segundos, o rosto dele começou a ficar visível, mostrando os cabelos escuros e bem curtos, além da pele parda e dos olhos castanhos.
- PAI! - gritei, enquanto aproximava-me dele.
Seus braços receberam-me da mesma forma calorosa e gentil que sempre me acolhiam quando eu era criança. Por alguns minutos, pude aproveitar o alívio de não estar mais sozinha naquele lugar.
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Não Leia Este Livro!
HorrorQuer dizer que mesmo eu te avisando no título, você ainda tem a ousadia de vir ler a sinopse? Por que ainda está lendo isso? Quer realmente conhecer este livro? Está bem então, pode seguir em frente. Mas depois não diga que eu não avisei.