Encontro não marcado

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NOTAS DA DOUTORA: Assim como fiz com a história "Irmão? É você?", criei uma segunda versão, também melhorada e mais complexa, do enredo "Não, não está aqui...".

Espero que seja de seu agrado!

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"Quem procura acha."

Uma expressão curta e simples, talvez repetitiva, que facilmente pode ser ouvida de qualquer pessoa...

Mas que também é um aviso ignorado por muitos.

Bom, eu tenho mais uma nova história para você! Provavelmente soará como algo comum (o que não faltam por aí são diferentes contos, sejam escritos ou falados, envolvendo rituais, espíritos malignos, possessões, perseguições...enfim, todo um universo ligado à esse tema).

Contudo...será que não podem ter um fundo de verdade? Ou todas essas testemunhas que se depararam com tal tipo de situação não passam de loucas? A mente é a única responsável por fazer elas presenciarem tamanho ocorrido assombroso?

De qualquer forma, é uma pena que Sayuri tenha parado para pensar nisso apenas depois do que fez...

Enfim, chega de reflexões! Vamos logo dar início ao novo relato que recebi...

***

Após franzir as sobrancelhas, Yumi encarou-me, evidentemente assustada.

- O quê? Você quer ir naquela escola abandonada? - perguntou, ainda perplexa. - Ficou louca?

Achando graça de sua reação, dei um leve sorriso.

- Por que não? Não é como se espíritos fossem reais. - falei, confiante. - Fizemos um monte de coisas envolvendo essas coisas e nada apareceu...
- E você conversou com a Naomi sobre isso?
- Sim, vamos fingir que faremos uma festa do pijama na casa dela. E então, quando chegar a hora certa, saímos pela janela do quarto e andamos até o lugar - respondi, quase sussurrando.

Ao revirar os olhos, minha melhor amiga soltou um suspiro.

- Só você pra nos meter em uma situação dessas.
- O pacto já foi feito, vocês não podem escapar mais. - brinquei, deixando minha voz em um tom vilanesco.

Uma risada baixa despontou dos lábios de Yumi.

- O pacto que fez sem sabermos, não é? - retrucou, aparentemente mais relaxada. - O sinal vai tocar logo, temos que voltar pra sala.

E assim, corremos juntas pelo corredor de nossa classe.

***

Depois de chegarmos na casa da Naomi, fomos para seu quarto, juntamente com nossas mochilas. Tivemos um pouco de trabalho quanto ao nosso plano (o irmão mais velho dela ficou acordado até bem tarde, perdendo tempo com jogos de computador), mas, por sorte, conseguimos sair pela janela quando era umas 2 da madrugada (horário que todos estavam finalmente dormindo).

A rua estava praticamente vazia no instante que começamos a caminhar sobre ela.

- Trouxe as lanternas, Yumi? - questionei, virando-me para trás.
- Sim, estão aqui. E o gravador também. - respondeu, depois de conferir sua bolsa.
- Essa escola não é aquela que foi invadida por um grupo de loucos que matou um monte de alunos? - indagou Naomi, chegando mais perto de mim.
- Essa mesma. - confirmei. - Foi há uns 50 anos atrás. E por algum motivo, ela não foi derrubada...não duvido que esteja intacta desde o dia que tudo aconteceu.
- Eu não ouvi muita coisa sobre esse caso...o que exatamente ocorreu?
- Era pra ser um dia normal de aula, como qualquer outro... - Yumi tomou a decisão de explicar. - Mas acabou sendo uma tragédia: 7 pessoas encapuzadas entraram no colégio, armados com objetos afiados e armas de fogo. Eles começaram a atirar e esfaquear qualquer pessoa que encontravam pela frente...

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