Era de noite quando Cristina resolveu preparar o jantar. O clima, de acordo com a jovem, estava particularmente agradável naquele dia (e perfeito para fazer uma refeição especial ao seu noivo).
Contudo algo tirou sua atenção enquanto estava preparando a carne.
Uma silhueta negra e esguia encontrava-se atrás de um poste, próximo de sua casa, encarando-a completamente parado.
Desconfortável com a situação, a morena fechou as cortinas da janela, que ficavam próximo da pia da cozinha, e continuou seus afazeres, ignorando a incomum visão que teve.
Mas, ao ser interrompida pelo toque do telefone, ela precisou afastar-se novamente da bancada.
Por algum motivo estranho, ninguém respondeu a sua pergunta, deixando-a em um total silêncio. Intrigada, ela desligou o aparelho e tratou de ir buscar as compras (tinha acabado de se lembrar que havia esquecido elas na mesa da sala de jantar).
Em passos apressados, a mulher foi e voltou rapidamente, com as sacolas pesadas em mãos.
E encontrou a janela da cozinha aberta.
Após deixar os alimentos próximo da geladeira, ela caminhou lentamente e colocou a cabeça para fora da abertura e averiguou os dois lados. Porém nada de anormal pôde ser notado.
Ainda mais confusa, a jovem mais uma vez fechou a janela, além de certificar-se, duas vezes, que trancou esta.
Em seguida voltou para a bancada, afim de terminar de fatiar os filés de frango.
Um pequeno sorriso formou-se em seus lábios ao se recordar que o futuro marido mal esperava uma surpresa.
Então, as luzes apagaram-se de súbito.
Devido ao susto, Cristina procurou ansiosamente pelo seu celular nos bolsos da calça até lembrar-se de que o havia deixado na sala, junto com as chaves do carro.
Tirando proveito da pouca luz vinda da rua, ela andou com cuidado, enquanto tateava as paredes, em direção ao cômodo principal.
Até sentir seu pulso ser agarrado firmemente.
Só que antes mesmo de soltar o primeiro grito, as luzes voltaram a funcionar. E ao olhar para trás, percebeu que não havia ninguém.
Assustada, resolveu ligar para o noivo.
1, 2, 3 tentativas...e nada do homem atender!
Com o desespero aumentando dentro de si, ela decidiu contatar a polícia ao mesmo tempo que ia até à entrada da sala. No entanto a moça ficou em maior pânico quando encontrou a porta trancada e percebeu que o celular estava, estranhamente, sem sinal.
Aflita, ela apressou-se até a cozinha para usar o telefone desta. E após discar rapidamente os números, finalmente pôde dar o seu relato.
Logo depois de terminar a chamada, um clique foi ouvido da porta principal.
Aliviada, ela correu em direção à entrada e abraçou seu futuro cônjuge, sem hesitação.
Enquanto ainda estava com os braços ao redor de seu amado, Cristina sentiu seu celular vibrar de novo.
Acreditando que pudesse ser da polícia, ela pegou o aparelho.
Mas o que aconteceu em seguida, deixou-a em choque.
- Querida, me desculpe por não atender, estava em reunião. - disse o noivo, do outro lado da linha. - Logo estarei em casa para jantarmos.
Congelada pelo medo, a moça apenas calou-se.
- Você está aí, amor? Está me ouvindo?
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Não Leia Este Livro!
HorrorQuer dizer que mesmo eu te avisando no título, você ainda tem a ousadia de vir ler a sinopse? Por que ainda está lendo isso? Quer realmente conhecer este livro? Está bem então, pode seguir em frente. Mas depois não diga que eu não avisei.