Capítulo 50

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TH me tirou de lá arrastada, só vi de longe os vapores tentando acorda o PH, mas ele não abria os olhos.

Ele me levou carregada nas costas pra casa, não tinha forças mais pra nada, só sabia chorar, foi tudo culpa minha, deveria ter ficado quieta.

TH: ai Jade, fica ai quieta mano, ele me colocou no chão me empurrando pra dentro de casa e fechado a porta da sala, vou fica aqui com tu até apaziguar lá fora.

Jade: o PH vai morrer Thiago? falei sentando no sofá e limpando minhas lágrimas.

Ele olhou pra mim, tirou o boné da cabeça sentou no sofá na minha frente pegou na minha mão e falou.

TH: relaxa maluca, vaso ruim não quebra não, fica tranquila que não vai ser nada dms, logo tu vai poder ver ele, só espera apaziguar.

Só concordei com a cabeça e coloquei as pernas no sofá abraçando a mesma, fiquei pensativa e chorando se o PH morrer o que vai ser de mim? ele deu a vida dele pela minha, se jogou na frente da bala, e ainda disse que me amava, eu não vou me perdoar nunca.

Depois de uns 20 minutos ouvimos foguete sendo solto, sinal de que a guerra já acabou, levantei do sofá desesperada, fui abri a porta mas, o TH não deixou.

TH: não Jade, deixa eu sair primeiro pra saber se tá tudo limpo, depois te busco.

Jade: não TH eu quero ir com tu, quero noticias do Pedro, falei segurando o braço dele.

TH: melhor não, fica ai eu já volto, segurei o braço dele que me olhou impaciente.

Jade: eu já disse que vou.

TH: puta que pariu viu mulher difícil, bora então caralho, ele abriu a porta tirou a arma da cintura engatilhando ela e saindo, fui logo atrás dele.

Descemos o morro correndo, de longe eu vi o PH caído no chão ainda, fui correndo até ele, tava cheio de sangue, parece que levou um tiro no ombro.

Jade: PH, acorda amor, acorda por favor, não faz isso comigo, falei entre os soluços colocando ele no meu colo e passando a mão no rosto dele.

Fiquei tentando reanimar ele um tempo, os vapores só olhavam sem reação alguma, não to entendendo porque ninguém levou ele pro postinho ainda.

TH: col foi irmão, acorda caralho, faz isso com nós não, ele falou ajoelhando e olhando pra ele com os olhos cheio de lágrima.

Senti alguém coloca a mão no meu ombro, olhei e era o rato.

Rato: ai patroa, já era mano, os cara deu um tiro certeiro nele, ele falou triste quase num sussurro.

Jade: NÃO! gritei, ele não morreu, ele não pode morrer PH acorda amor por favor, não me deixa eu te amo não faz isso comigo, falei entre os soluços.

Do nada chegou uma ambulância, desceu uns médicos, TH me tirou de perto dele, fiquei observando eles imobilizarem ele e colocar dentro da ambulância, a medica perguntou se alguém iria acompanhar, entrei correndo dentro da ambulância.

Jade: vai da tudo certo viu, eu te amo to aqui com vc, falei segurando a mão dele e sussurrando.

Depois de uns minutos chegamos no postinho, abriram o carro e tiraram ele de lá de dentro as pressas, sai correndo junto com eles, nem percebi tava com minha blusa toda suja de sangue.

- Moça a senhorita não pode entrar na sala de cirurgia, a enfermeira falou me barrando.

Jade: mas eu preciso saber como ele tá, se tá vivo, falei tentando olhar lá dentro.

- Sinto muito, são normas do hospital espera sentada ali, já já a cirurgia acaba e vc vai poder ver ele.

Sentei na cadeira agradeçendo ela, fiquei apreensiva, só sabia chorar, juntei as mãos e começei a orar, nem sabia direito mas, pedi a Deus pra proteger ele.

Rendida ao dono do morro (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora